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    Mais um ministro do STF se levanta contra o voto impresso: “Pernicioso e ineficaz”

    A campanha pelo voto impresso auditável no Brasil parece estar longe de se apaziguada, especialmente quando o cenário envolve a oposição direta de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), os quais muito embora tenham sido indicados para exercer a magistratura de forma imparcial, não escondem suas posições sobre alguns temas de natureza política.

    Após os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso se manifestarem claramente contra o voto impresso, agora foi a vez do ministro Edson Fachin também se pronunciar. Nesta quinta-feira (22), durante um evento organizado pela organização Transparência Eleitoral, ele disse que o voto impresso auditável é “pernicioso, antieconômico e ineficaz”.

    Fachin também insinuou que quem defende o aprimoramento da segurança das urnas eletrônicas, através da impressão do voto, estaria agindo para fragilizar o equilíbrio entre os poderes e o próprio processo eleitoral no tocante à democracia.

    “Há um designo indisfarçado com três grandes objetivos: a exclusão do pensamento divergente, o enfraquecimento dos mecanismos de monitoramento social e do sistema de freios e contrapesos, e o descredenciamento das eleições como termômetro acurado da arbitragem social”, afirmou.

    O ministro do STF, que em 2010 discursou para uma plateia pedindo votos para a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) durante a campanha presidencial daquela época, enquanto ele ainda não ocupava vaga na Corte, ainda alfinetou o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao afirmar que “em paralelo à defesa inflamada de um novo método de votação, eis que há governantes que querem mudar as regras ao invés de obedecê-las”.

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