O presidente Jair Bolsonaro voltou a lembrar da importância que o próximo governo, a partir de 2023, terá sobre os rumos do poder Judiciário no país. Segundo o chefe do Executivo, as duas vagas de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que serão abertas no próximo ano, chegam a ser mais importantes do que a própria eleição presidencial.
“Mais importante que eleição de presidente são as duas vagas para o Supremo no ano que vem. Vai acontecer muita coisa até a eleição”, afirmou Bolsonaro durante uma conversa com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, na sexta-feira (04).
O presidente também argumentou que os rumos do Brasil antes do seu governo seriam desastrosos, caso não houvesse uma mudança de linha ideológica na política. “Não tem batalha impossível. Para onde estavam indo, só quem é desprovido de inteligência que não entende”, afirmou.
Não é a primeira vez que Bolsonaro enfatiza a importância das indicações que o presidente eleito esse ano poderá fazer para o STF, em 2023. Em outra ocasião, o presidente disse que com mais duas indicações de ministros “dá pra mudar o Brasil”, se referindo ao Judiciário.
“Se eu for candidato e for reeleito, a gente bota mais dois no início de 2023 lá [no Supremo]”, afirmou em dezembro passado. “Você pode ver, quando fala em renovação… quem se eleger em 2022 bota mais dois [ministros] no Supremo em 2023… dá pra mudar o Brasil”.
Em 2023, os ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber completarão 75 anos cada e serão obrigados a se aposentar, ambos em maio e outubro, respectivamente. Constitucionalmente, a responsabilidade pela indicação dos novos magistrados é do presidente da República.
Aliados do governo enxergam essas indicações como fundamentais para combater o chamado “ativismo judicial”, pois acreditam que a composição atual do Supremo, de viés progressista, tem agido como oposição ao governo conservador do atual presidente.
