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    Bob Jeff diz que para dar “freio ao STF” e ajudar Bolsonaro, quer disputar o Senado

    O ex-presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson, anunciou através de uma carta escrita da prisão, onde se encontra desde o dia 13 de agosto passado, que pretende disputar uma vaga para o Senado Federal em 2022, segundo ele, para dar um “freio” aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

    Como vem fazendo desde o começo da sua detenção determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, o ex-parlamentar escreveu uma carta à mão dentro do complexo penitenciário de Bangu. Bob Jeff, como também é chamado pelos aliados, teve a prisão decretada após divulgar vídeos com críticas aos ministros do Supremo.

    Na carta, Jefferson disse que a sua candidatura ”daria uma forte ajuda” a Bolsonaro. Em texto endereçado a “José Carlos”, um amigo, Jefferson fala sobre o plano. “Pretendo disputar o Senado no ano que vem. Daria uma forte ajuda ao Bolsonaro como freio ao STF. Você viria como meu suplente”, escreveu, segundo informações de O Globo.

    Bob Jeff, no entanto, ponderou sobre o risco de ter a sua prisão mantida até a disputa eleitoral do ano que vem, o que poderá acirrar ainda mais o clima de confronto dos seus aliados contra o STF, uma vez que o ex-parlamentar, apesar de estar preso, não teve qualquer processo julgado, não havendo condenação que o impeça de se candidatar.

    O ex-presidente do PTB é investigado no âmbito do inquérito das “milícias virtuais”, um desdobramento do inquérito dos “atos antidemocráticos”, este último já arquivado. Com base nisso, ele fez uma ressalva. ”Caso eles empurrem meu encarceramento até as eleições, precisarei mudar o projeto”, afirmou.

    A carta foi enviada na última quinta-feira. O ex-deputado ainda disse que o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, ”aposta que não serei candidato a nada”.

    Na prática, o anúncio da potencial candidatura por parte de Bob Jeff poderá ser visto como uma reação política do ex-parlamentar contra o ministro Alexandre de Moraes, alvo de pedidos de impeachment que se encontram engavetados no Senado Federal.

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