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    Após EUA liberar o envio de caças para a Ucrânia, Rússia ameaça países que ajudarem

    O secretário de Estado americano Antony Blinken, disse no domingo que os membros da Otan têm autorização para enviar caças para a Ucrânia, após os Estados Unidos darem o aval para isso. Se trata de mais uma medida que visa ajudar o país do Leste europeu a se defender dos ataques promovidos pela Rússia.

    “Isso significa luz verde”, disse Blinken em entrevista ao “Face the Nation”, quando perguntado se o governo polonês, membro da Otan, poderia enviar aviões de combate para a Ucrânia.

    “Na verdade, estamos conversando com nossos amigos poloneses agora sobre o que podemos fazer para suprir suas necessidades se de fato eles optarem por fornecer esses caças aos ucranianos. O que podemos fazer? garantir que eles consigam algo para encher os aviões que estão entregando aos ucranianos?”, completou Blinken.

    Um porta-voz da Casa Branca disse à CBS News que o governo Biden está avaliando o que poderia fornecer para abastecer jatos para a Polônia, se esta decidisse transferir alguns dos seus aviões para a Ucrânia. Contudo, ele observou que há várias questões que podem surgir como consequência dessa decisão.

    Oksana Markarova, embaixadora da Ucrânia nos EUA, disse ao “Face the Nation” que espera que a Ucrânia receba caças da Polônia “o mais rápido possível”.

    “Estamos trabalhando com nossos americanos, especialmente amigos e aliados, no fornecimento constante de todas as munições antiaéreas, antitanques e aviões para poder defender efetivamente nosso país”, disse ela.

    A maior preocupação dos EUA e aliados é com a reação da Rússia diante do fornecimento de um armamento tão poderoso quanto aeronaves de guerra. O perfil “Hoje no Mundo Militar”, especializado no assunto e que vem acompanhando os desdobramentos da guerra na Ucrânia desde o início, informou que os russos já emitiram um comunicado neste sentido, em tom de ameaça.

    “O Kremlin informou que notificou todos os países vizinhos da Ucrânia (o que provavelmente inclui membros da OTAN) de que qualquer aeronave que for cedida para a força aérea ucraniana, se for usada contra as forças russas de invasão, a Rússia responsabilizará o proprietário original”, diz a mídia.

    Preocupados com a escalada da guerra numa dimensão global, os EUA e a OTAN já rejeitaram o pedido do presidente ucraniano para a imposição de uma zona de exclusão aérea na Ucrânia, o que, em termos práticos, proibiria qualquer incursão aérea da Rússia no país. Putin avisou que se tal medida fosse adotada, veria como uma participação direta de outros países no conflito.

    A ideia dos EUA e aliados, portanto, é tentar ajudar a Ucrânia de forma indireta, através do fornecimento de armas, financiamento e suprimentos humanitários. Ainda assim, se trata de uma intenção arriscada que também poderá ser interpretada por Moscou como um tipo de interferência ocidental na guerra. Com informações: CBS News.

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