O secretário especial do Tesouro e Orçamento, Bruno Funchal, e o secretário do Tesouro Nacional, Jeferson Bittencourt, pediram exoneração de seus cargos ao ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (21).
A secretária especial adjunta do Tesouro e Orçamento, Gildenora Dantas, e o secretário-adjunto do Tesouro Nacional, Rafael Araujo, também pediram exoneração de seus cargos. A decisão coletiva surge em um momento crítico para o governo Bolsonaro, em meio a alta dos preços dos combustíveis e possibilidade de greve dos caminhoneiros.
Nesta quinta-feira, o presidente da República anunciou um auxílio de R$ 400,00 para a categoria dos caminhoneiros, devido ao aumento elevado do diesel. Contudo, não foi anunciado de onde viria esse recurso para mais de 700 mil motoristas, o que fez o mercado reagir negativamente. A Bolsa caiu 4% e o dólar chegou a bater R$ 5,69.
O anúncio da demissão coletiva dos secretários da Economia deverá agravar ainda mais a situação aos olhos do mercado amanhã, na sexta-feira, colocando o ministro Paulo Guedes em um momento de grande pressão política. É possível que a renúncia dos secretários esteja relacionada a discordâncias quanto à decisão de furar o teto de gastos do orçamento, a fim de garantir o Auxílio Brasil no valor de R$ 400,00 até dezembro de 2022.
Segundo o ministro Paulo Guedes, o valor total fora do orçamento seria de 30 bilhões. Em outro momento, contudo, analistas do governo e o próprio presidente disse que não seria preciso furar o teto dos gastos para garantir o Auxílio Brasil, mas não há até o momento clareza quanto a essa informação.
O presidente Bolsonaro ainda não se pronunciou sobre a demissão dos secretários, o que deverá fazer em sua tradicional live semanal logo mais, a partir das 19h pelas redes sociais. Ao longo do dia, o chefe do Executivo esteve inaugurando importantes obras na região Nordeste. Com informações da CNN.
