O presidente Jair Bolsonaro concedeu uma entrevista na manhã desta quinta-feira (25) à Rádio Sociedade da Bahia, onde tocou em um assunto que vem preocupando algumas pessoas e provocando reações diversas nas redes sociais, que é a realização ou não do Carnaval 2022, dado o contexto de pandemia que o Brasil ainda atravessa.
O presidente ressaltou ainda que em 2020, quando a pandemia praticamente ainda não havia alcançado o Brasil, ele também já havia defendido o cancelamento do evento, argumentando que a sua iniciativa já teria sido um sinal de combate e precaução contra o surgimento do novo coronvírus.
“Em fevereiro do ano passado, ainda estava engatinhando a questão da pandemia, pouco se sabia, praticamente não tinha óbito no Brasil, eu declarei emergência, e os governadores e prefeitos ignoraram, fizeram Carnaval no Brasil”, afirmou Bolsonaro na entrevista.
Ao falar do Carnaval 2022, Bolsonaro também defendeu o cancelamento do evento, mas lembrou que, com base numa decisão do STF em abril do ano passado, os governadores e prefeitos possuem competência concorrente em relação à União para decidir sobre a questão.
“Por mim, não teria Carnaval, mas tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e prefeitos”, afirmou Bolsonaro.
Quem também criticou a realização da maior festa popular do mundo foi a deputada estadual Janaína Paschoal (PSL-SP). Crítica do chamado “passaporte sanitário”, a parlamentar questionou se os governantes que defendem a realização do Carnaval irão exigir o cartão de vacina nos blocos.
“Acho o fim quererem liberar tudo para o Carnaval e, depois, impedirem o povo de trabalhar! Ainda se ofendem, quando alguém diz que não somos um País sério. Já tem gente sendo demitida, por não provar vacinação! Vão pedir passaporte da vacina para a pegação nos blocos e bailes também?”, ironizou a deputada, conforme notícia da Tribuna de Brasília.