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    Polêmica: Dallagnol renuncia ao Ministério Público e poderá seguir Moro na política

    Deltan Dallagnol, agora ex-procurador do MPF (Ministério Público Federal) que coordenou a maior força de combate à corrupção no pais, a operação Lava Jato, anunciou uma decisão polêmica nesta quinta-feira. Isso porque, ele pediu exoneração do seu cargo esta semana, e logo em seguida justificou a decisão afirmando que quer “fazer mais pelo país”.

    “Minha vontade é fazer mais, fazer melhor e fazer diferente diante do desmonte do combate à corrupção que está acontecendo”, disse hoje em seu perfil no Twitter, reforçando as suspeitas de que a intenção de Dallagnol é seguir os mesmos passos do ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, e também entrar na política.

    Apesar das suspeitas, Deltan ainda não confirmou que será candidato e não falou sobre filiação a nenhum partido, mas analistas já enxergam a movimentação do ex-procurador como certa, uma vez que coincide com a chegada de Sérgio Moro em Brasília, onde fará a sua filiação partidária ao Podemos no próximo dia 10.

    Em vídeo publicado no seu canal do Youtube, o ex-procurador disse que tem “várias ideias” de como pode contribuir, mas que ainda vai avaliar melhor o assunto, também deixando no ar o mistério sobre a sua eventual disputa eleitoral.

    “Creio que agora posso fazer mais pelo país fora do MP, lutando com mais liberdade pelas causas em que acredito. Às vezes é necessário dar um passo de fé na direção dos nossos sonhos”, afirmou Deltan. “A sensação é de que nós fizemos está sendo desfeito, e a impunidade dá uma carta branca para que quem nos rouba continue roubando. Isso precisa parar”, destacou.

    Ao que tudo indica, Deltan justificará a sua possível entrada na política como um recurso necessário para continuar o trabalho que vinha fazendo na Lava Jato, uma vez que a operação foi praticamente desmantelada. Em outras palavras, já que não pôde atuar de dentro do MP, atuará de dentro do Congresso.

    Críticos da operação Lava Jato, por outro lado, enxergam na eventual entrada de Deltan na política como uma espécie de confirmação das acusações de uso político do Ministério Público por parte dos membros da operação, contra a esquerda nacional, especialmente contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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