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    Mourão diz que Sérgio Moro é “o único que tem capacidade para vingar” na 3ª via

    O cenário político para a disputa presidencial em 2022 está se formando, ainda que lentamente e repleto de incertezas. Há, contudo, um nome que parece já ter se lançado em definitivo no páreo, que é o do ex-ministro Sérgio Moro. Para o vice-presidente da República, general Hamilton Mourão, essa pode ser a única opção viável da chamada “terceira via”.

    “Acho que dessa Terceira Via o único que tem capacidade para vingar mesmo é o Moro”, afirmou o general, porém, ressaltando que o ex-juiz da operação Lava Jato ainda em pela frente o grande desafio de conseguir conquistar a empatia da população, algo que na visão do militar já foi alcançado pelos dois maiores nomes em voga atualmente, Bolsonaro e Lula.

    “Vejo ele hoje como a principal candidatura da assim chamada Terceira Via. Agora, vai depender de ele conseguir empolgar a massa. Ele empolga uma parcela esclarecida da população, mas hoje quem empolga a massa, na minha visão, são só duas pessoas: Bolsonaro e Lula”, afirmou o vice.

    Ainda segundo o general Mourão, as maiores chances de Sérgio Moro para um bom resultado em 2022 envolvem uma parcela da sociedade que votou nulo e branco em 2018, bem como eleitores do atual presidente que ficaram decepcionados com algumas decisões tomadas pelo Executivo ao longo do seu mandato.

    “Talvez [Moro conquiste o voto] daquele eleitor do presidente Bolsonaro que ficou desgostoso com algumas atitudes no nosso governo. Talvez conquiste outros. Vamos lembrar que nas últimas eleições tivemos uma quantidade enorme de votos nulos e brancos”, afirmou Mourão durante entrevista para o UOL.

    Apesar de ter se tornado ícone brasileiro pelo combate à corrupção durante a sua atuação como juiz da Lava Jato entre 2014 e 2018, Sérgio Moro também passou a ser criticado e a enfrentar forte rejeição, após renunciar ao seu cargo de ministro da Justiça do governo Bolsonaro em 24 de abril de 2020, ao fazer acusações contra o atual presidente.

    Segundo Moro, Bolsonaro teria interferido na Polícia Federal, a fim de obter vantagens pessoais. No inquérito aberto para apurar as suas denúncias, contudo, ainda no ano passado, até o momento a versão do ex-ministro não foi confirmada.

    Jair Bolsonaro, por outro lado, alegou em depoimento por escrito à Polícia Federal, que Sérgio Moro tinha a intenção de se tornar ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), e que por isso teria reagido de forma retaliativa renunciando ao seu cargo, quando supostamente não teve a confirmação de que seria o indicado naquele ano. O ex-ministro, contudo, nega essa acusação.

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