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    Ministro do Turismo: ‘É justo governador que fechou igreja querer liberar Carnaval?’

    Apesar dos temores envolvendo o surgimento de uma nova variante do novo coronavírus na África, o que tem feito países europeus retomarem medidas restritivas, incluindo a proibição de alguns voos internacionais, no Brasil o clima já tem sido de carnaval 2022, algo que vem sendo criticado até pelo presidente da República, Jair Bolsonaro.

    Quem também se manifestou contrário à realização do Carnaval 2022 foi o ministro do Turismo, Gilson Machado. Questionado sobre se o Brasil deveria ou não realizar o evento, ele comparou a questão com o fechamento das igrejas durante a pandemia, apontando que a responsabilidade é dos governadores.

    “O Carnaval está nas mãos do governador e do prefeito, o STF tirou isso daí do presidente Bolsonaro. Agora, eu pergunto a você, é justo o governador fechar igreja e querer liberar Carnaval? Então, está com o governador”, afirmou Machado na sexta-feira, 26.

    O presidente Jair Bolsonaro, por sua vez, também é contra a realização do Carnaval 2022. Ele afirmou que se houver um novo aumento de casos de Covid pós-carnaval e novas medidas restritivas forem adotadas, a economia do Brasil poderá colapsar.

    “Estou vendo que alguns países da Europa estão retomando medidas de lockdown. Se tiver outro lockdown no Brasil, em estados e municípios, vai quebrar de vez a economia”, afirmou o presidente, ressaltando ainda que a decisão passa pelos governos estaduais.

    “Por mim, não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos”, lembrou Bolsonaro.

    Gilson Machado e o presidente se referiram a  uma decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2020, onde foi estabelecida a competência concorrente entre o governo federal, os estados e municípios na gestão da pandemia no Brasil.

    Para o governo, essa decisão acabou equiparando os poderes do governo federal ao dos governadores e prefeitos, permitindo assim que esses últimos possam seguir suas próprias diretrizes de saúde em caso de discordância com o presidente da República.

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