O cenário para a disputa à presidência da República no Brasil, em 2022, parece que está longe de se definir quanto ao nome dos candidatos. Tendo Jair Bolsonaro, Lula, Sérgio Moro, Ciro Gomes e João Doria dados como certo, sem falar dos “nanicos” de partidos como o PSOL e o Cabo Daciolo, do Brasil 35, quem também poderá entrar no páreo é o ex-presidente Michel Temer.
“Essa chamada terceira via, confesso que não está no meu horizonte. Entretanto, devo dizer, apenas por hipótese, se em um dado momento houver uma conjunção nacional, com vários setores, quase um Brasil inteiro dizendo que ‘ele é a solução porque já teve experiência, etc’, aí posso examinar”, declarou Temer durante entrevista ao Record News.
Além de Temer, o MDB também cogita lançar a candidatura da senadora Simone Tebet, que ganhou visibilidade por causa da sua atuação na CPI da Pandemia, no Senado Federal. O ex-presidente, por sua vez, voltou aos holofotes da mídia depois que participou da elaboração da “carta à nação” elaborada por Jair Bolsonaro e divulgada em 9 de setembro passado.
Temer aposta na sua experiência política como um fator que poderá atrair apoio. Contudo, o ex-vice-presidente da petista Dilma Rousseff parece mais ventilar o próprio nome, do que refletir o cenário atual, onde a tendência é que novas figuras ganhem força para tentar superar a popularidade de Bolsonaro.
Outro nome que também poderá anunciar candidatura ao Planalto é o do senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP), vice-presidente da CPI da Pandemia. Natural de Garanhuns, Pernambuco, o parlamentar formou o grupo do G7 dos senadores oposicionistas que mais criticaram a gestão do atual governo no tocante ao combate à Covid-19.
Com o número de potenciais candidatos à presidência da República se multiplicando, a tendência também é que a chamada “terceira via” seja fragmentada, o que, ao menos em tese, poderá favorecer o presidente Jair Bolsonaro.
