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    Em meio a críticas sobre o BNDES, Lula retruca: ‘O Brasil não pode crescer sozinho’

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a dividir opiniões ao defender o uso do dinheiro público do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) brasileiro para financiar obras em países vizinhos, como a Argentina. Nesta quarta-feira (25), o petista comentou indiretamente o assunto, argumentando que o Brasil “não pode crescer sozinho”.

    “Desde que eu assumi em 2003, nós decidimos que o Brasil, por ser o maior país da América Latina, com a economia mais forte, deveria ter uma política generosa. Fazia parte da nossa missão contribuir para que todos os países crescessem juntos. O Brasil não pode crescer sozinho”, declarou o petista em suas redes sociais.

    As críticas à fala de Lula não são por acaso. Segundo informações atualizadas da CNN Brasil, por exemplo, Venezuela e Cuba ainda devem US$ 529 milhões (mais de R$ 2 bilhões e 500 milhões de reais na cotação atual), o equivalente a 25% do total emprestado pelo BNDES aos dois países nos governos Lula e Dilma.

    “Mesmo o total já quitado não foi pago por Cuba e Venezuela, que acabaram dando o calote. O BNDES precisou acionar as garantias para receber. Os empréstimos foram pagos pelo Fundo de Garantia à Exportação (FGE), que é custeado pelo Tesouro”, informa a emissora.

    A ex-presidente do BNDES, a economista Maria Silvia Bastos Marques, também criticou a intenção de Lula voltar a financiar obras no exterior com o dinheiro dos brasileiros. “Se vamos fazer, que seja feito de outra forma”, disse Maria Silvia, em entrevista ao jornal Valor Econômico na terça (24).

    Segundo Marques, o Brasil já “pagou um alto preço para financiar obras em países vizinhos” no passado. Ela, então, questionou qual é a real prioridade do novo governo petista, lembrando que o orçamento do país possui um limite, não sendo infinito.

    “Quais são as nossas prioridades? Emprestar para países vizinhos ou elevar a renda média nacional, aumentar nossa produtividade, incluir pessoas no mercado de trabalho?”, questionou a ex-presidente do banco.

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