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    Em fim de ano, Barroso volta a criticar o voto impresso: “Aposta no atraso”

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, escreveu um artigo publicado na revista Crusoé, onde volta a fazer críticas à proposta do voto impresso e auditável defendida por boa parte da população brasileira. Para o magistrado que presidiu o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) este ano, a medida representa uma “aposta no atraso”.

    Barroso também criticou o que para ele foram “ataques” contra o sistema eleitoral atual, onde o uso das urnas eletrônicas ainda é questionado pelos críticos do modelo, os quais alegam haver vulnerabilidades. O TSE, por sua vez, afirma não haver provas de que já tenha ocorrido fraude eleitoral no país com essa tecnologia.

    “A Justiça Eleitoral, que operacionaliza com integridade a democracia brasileira, sofreu ataques repetidos, com acusações falsas de fraude e ofensas a seus integrantes, num esforço de trazer descrédito para o processo político democrático”, disse Barroso em seu artigo, intitulado “O ódio, a mentira e a democracia”.

    Na sequência, o ministro então afirmou que “por meses a fio, o país assistiu a uma absurda campanha que pregava a volta ao voto impresso, com contagem pública manual. De novo, uma aposta no atraso.”

    A proposta atual defendida por aliados do governo, no entanto, não prevê a eliminação do voto eletrônico, mas sim a soma dos dois modelos, visando exatamente aumentar o nível de segurança das eleições adicionando mais um método de conferência das urnas, mediante o documento impresso, o qual não ficaria em poder do eleitor, mas sim do próprio TSE.

    Para o ministro Barroso, no entanto, o modelo do voto impresso atual seria “uma volta ao tempo de fraudes, em que urnas desapareciam, outras apareciam com mais votos do que os eleitores e mapas eram manipulados em favor de gente desonesta”, afirmou o magistrado.

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