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    Consórcio que não foi investigado na CPI já tem até “confissões e delações”

    A CPI da Pandemia realizada no Senado Federal já fez a leitura do seu relatório final, o que indica o encerramento dos seus trabalhos, o qual não incluiu em sua agenda de investigação o Consórcio Nordeste, organização acusada de gastar quase R$ 50 milhões de reais em respiradores pulmonares que nunca foram entregues, mas que agora está na mira de parlamentares do Rio Grande do Norte.

    O Consórcio Nordeste é composto por governadores dos estados do Nordeste, tendo como seu presidente o governador da Bahia, Rui Costa, e como secretário-executivo Carlos Gabas, ambos do Partido dos Trabalhadores (PT). Uma vez que a CPI do Senado não investigou a entidade, deputados do RN resolveram abrir a sua própria CPI, tendo como presidente Kelps de Oliveira Lima (Solidariedade-RN).

    Carlos Gabas já chegou a ser convocado para prestar depoimento na CPI do RN, e no dia fez uso do direito de ficar calado, concedido pro decisão judicial. Para Lima, no entanto, já há elementos que, segundo ele, comprovariam o desvio de milhões na compra dos respiradores, incluindo confissões.

    “Houve claramente uma fraude, o dinheiro público foi desviado. Teve a participação de empresários e agentes públicos. Já existem confissões e delações. Ficou muito claro que há um caminho que mostra o desvio efetivo de dinheiro. E que, desde o início, o consórcio sabia que estava dando prejuízo para os Estados”, afirmou o deputado para a Revista Oeste.

    Questionado sobre a diferença da CPI no RN em reação à CPI do Senado, Kelps Lima argumentou que o foco está na suspeita de compras irregulares, e não em alvos selecionados. “Estamos construindo um processo para chegar ao alvo. Avaliamos fatos que vão nos levar até pessoas. Nós investigamos as compras, e não as decisões de gestão”, afirmou.

    Ele assegura que no caso das suspeitas envolvendo o Consórcio Nordeste, já há indícios de agentes públicos envolvidos. “No caso da compra dos respiradores, tudo foi irregular. Antes mesmo de assinarem o contrato, parte do dinheiro estava na conta do fornecedor”, afirmou o deputado.

    “E eles ainda retiraram a cláusula de seguro, que dava garantias aos compradores para o caso de não receberem o produto. Não é que ela não existia, o consórcio a retirou de propósito”, destacou.

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