O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (19/7) que não irá sancionar o fundo eleitoral de quase R$ 6 bilhões de reais (R$ 5,7 bi), aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, o que resultou em muita polêmica e indignação por parte da população.
O valor do chamado “fundão” estava fixado em cerca de R$ 2 bilhões, mas ao colocar em votação a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022, a proposta de aumento do fundo acabou sendo aprovada no conjunto. O partido Novo ainda chegou a apresentar um requerimento para exclusão da medida, mas ele foi rejeitado.
Bolsonaro afirmou que se trata de um valor muito alto para ser empregado em campanhas. “O valor é astronômico, mais de R$ 6 bilhões para se fazer campanha eleitoral. […] Então, é uma cifra enorme, que no meu entender está sendo desperdiçada, caso ela seja sancionada”, disse ele durante entrevista para a TV Brasil nesta segunda, 19.
“Posso adiantar para você que não será sancionada”, completou o presidente, confirmando que vetará a proposta. Na sequência, Bolsonaro sugeriu que a sua decisão poderá ocasionar conflitos com o Parlamento, mas que isso faz parte, visto que os parlamentares também, por outro lado, não aprovam todas as propostas do Executivo.
“Eu tenho que conviver em harmonia com o Legislativo. E nem tudo que eu apresento ao Legislativo é aprovado. E nem tudo que o Legislativo aprova, vindo deles, eu tenho que sancionar do lado de cá. Mas a tendência nossa é não sancionar isso daí em respeito ao trabalhador, ao contribuinte brasileiro”, concluiu.