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    OMS volta atrás e anuncia a retomada dos testes com a cloroquina

    Após a análise de um estudo publicado pela revista médico-científica The Lancet, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), anunciou hoje (3) durante coletiva de imprensa que o grupo responsável pelos testes clínicos com substâncias que podem combater o novo coronavírus retomará os protocolos com a cloroquina e sua variante mais recente, a hidroxicloroquina.

    “Como vocês sabem, na última semana o Grupo Executivo dos Testes de Solidariedade [nome dado ao grupo de pesquisa que busca medicamentos eficazes contra o SARS-CoV-2] decidiu suspender o ramo de testes com hidroxicloroquina por preocupação no uso da droga. Essa foi uma decisão de precaução. Com base nos dados disponíveis, os membros recomendaram que não há razões para suspender o protocolo de testes”, afirmou Tedros.

    Após uma suspensão de 10 dias (o anúncio foi feito em 25 de maio), os testes com a hidroxicloroquina serão retomados com 3.500 pacientes em 35 países, informou o diretor-geral.

    Vários especialistas do mundo inteiro já haviam se manifestado contra a metodologia de mineração de dados usada pela Surgisphere – empresa responsável por coletar números para o estudo.

    “A OMS está comprometida em acelerar o desenvolvimento de terapias eficazes, vacinas e diagnósticos [contra a covid-19]  como parte do nosso compromisso em servir o mundo com ciência, resolução de problemas e solidariedade”, complementou.

    A decisão vem logo em seguida ao anúncio da doação de comprimidos de hidroxicloroquina ao Brasil feita pelos Estados Unidos. O presidente americano, Donald Trump, também enviou respiradores mecânicos.

    Mídia divulgou estudo errado

    Recentemente, mais de 100 médicos se manifestaram contra o estudo publicado pela Lancet, apontando erros em sua execução. Foi com base nesse estudo que a mídia do Brasil e do mundo fez inúmeras matérias apontando “maior risco de morte” de quem faz uso do medicamento.

    O estudo,  publicado na The Lancet, havia coletado dados anônimos de mais de 96.000 pacientes em 600 hospitais do mundo todo, e segundo seus resultados combinação de cloroquina com hidroxicloroquina não traria benefício e aumentaria o risco de morte em 30%, informou o El País.

    Ao analisar os dados, no entanto, pesquisadores sérios apontaram inconsistências graves na pesquisa e reafirmaram a necessidade de que o uso da cloroquina fosse mantido, fazendo com que a OMS voltasse atrás em sua decisão. Com informações: Agência Brasil.

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