Em meio a uma escalada bélica sem precedentes entre Israel e Irã, o ex-presidente norte-americano Donald Trump inseriu os Estados Unidos no centro do conflito com uma declaração explosiva. Na terça-feira, 17 de junho de 2025, Trump usou sua plataforma na Truth Social para emitir uma ameaça direta ao Líder Supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei:
“Sabemos exatamente onde o chamado ‘Líder Supremo’ está escondido. Ele é um alvo fácil […] Nossa paciência está se esgotando”. A mensagem, que exigia “rendição incondicional”, coincidiu com movimentos estratégicos das Forças Armadas dos EUA pelo globo.
Contexto Imediato
Horas antes da declaração de Trump, na madrugada, os céus de Israel e de Teerã foram atravessados por foguetes. O Exército israelense (IDF) confirmou ataques iranianos, alertando civis para buscarem abrigo: “A defesa não é hermética. É essencial seguir rigorosamente as instruções”, declarou o porta-voz militar.
Israel afirmou ter interceptado “a maioria” dos projéteis, enquanto retaliava contra alvos no território iraniano. O conflito, iniciado em 12 de junho com um ataque israelense que matou o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC), Hossein Salami, e três cientistas nucleares, atingira seu ápice.
A Estratégia Trump
Trump justificou sua postura como resposta à ameaça nuclear iraniana e aos ataques contra interesses americanos. Em outra publicação, foi taxativo: “O IRÃ NÃO PODE TER UMA ARMA NUCLEAR. Eu já disse isso várias vezes!”.
Criticou ainda a rejeição iraniana a um acordo não divulgado publicamente: “Que vergonha, e desperdício de vidas humanas”. Sua retórica reforçou o alinhamento incondicional com Israel, cujo ataque inicial foi classificado como “preventivo” contra instalações nucleares.
Movimentos
Em paralelo às declarações, os EUA mobilizaram recursos bélicos de alto calibre:
Quarenta aeronaves de reabastecimento e combate foram deslocadas para bases na Europa, capazes de operar no Oriente Médio;
O porta-aviões nuclear USS Nimitz, que patrulhava o Mar da China Meridional, foi redirecionado às águas do Golfo Pérsico, conforme rastreamento do Marine Traffic.
O The New York Times reportou que as ações respondiam a alertas de inteligência sobre preparativos iranianos para atacar bases americanas.
Baixas
Enquanto governos de Israel e Irã confirmaram oficialmente 248 mortes (24 israelenses e 224 iranianos), fontes independentes apontam números mais sombrios. A ONG Human Rights Activists News Agency (Hrana) contabilizou 452 mortos apenas no Irã, incluindo 224 civis. Israel não comentou dados extraoficiais, mantendo foco na “neutralização de ameaças existenciais”.
Análise Geopolítica
A postura de Trump reafirma uma premissa da direita conservadora: só a demonstração de poder incontestável coibe regimes hostis. Ao expor publicamente a vulnerabilidade de Khamenei e deslocar ativos militares, Trump buscou forçar o Irã ao recuo sem envolver tropas terrestres – estratégia que seus apoiadores defendem como “dissuasão eficiente”.
Se o cálculo evitará uma guerra ampliada ou alimentará a espiral de violência, dependerá da próxima jogada de Teerã. Mas uma mensagem ficou clara: a Casa Branca, mesmo fora do poder, mantém os EUA como árbitro decisivo do conflito.