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    Moro rebate Gilmar Mendes: ‘Tortura é corruptos sendo soltos por firulas jurídicas’

    O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, reagiu a uma declaração feita pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que classificou como “imprestáveis”, “inverossímeis” e “tortura” as delações premiadas colhidas durante a existência da operação Lava Jato.

    Moro compartilhou um comentário feito pelo jornalista J. R. Guzzo, que destacou: “O ministro Gilmar Mendes age como se o combate à corrupção fosse um delito e os corruptos fossem as vítimas que devem ser protegidas pela lei. Sua última criação: as confissões da Operação Lava Jato firam obtidas ‘sob tortura'”.

    Moro, por sua vez, acrescentou ao comentário de Guzzo: “Tortura é ver tanta injustiça, corruptos sendo soltos por firulas jurídicas e tantas mentiras sendo ditas sobre a Lava Jato.”

    Conforme o noticiado pela Tribuna de Brasília, Gilmar Mendes declarou na última segunda-feira (07), durante um evento jurídico online, que “nós vimos o que as chamadas ‘prisões alongadas de Curitiba’ produziram, no Supremo a toda hora nós dizemos isso, delações absolutamente impróprias, inadequadas, imprestáveis, inverossímeis.”

    Na sequência, o ministro comparou o método empregado pela Lava Jato à tortura: “E por quê? Porque obtidas, vamos chamar assim, sob uma forma de verdadeira tortura. Portanto isso precisa ser discutido neste ambiente pós-Lava Jato”, afirmou Gilmar.

    A reação de Sérgio Moro é atípica, tendo em vista que o ex-ministro tem se mantido discreto quanto à atuação dos ministros do STF, preferindo atacar mais o governo federal no tocante ao combate à corrupção.

    Por causa disso, críticos do ex-ministro já vêm apontando o seu silêncio em relação às decisões do Supremo como algo incoerente, uma vez que foram decisões da Corte que resultaram na anulação de condenações como as do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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