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    Barroso diz que sofre “ameaças de morte diárias” por causa de Bolsonaro

    O ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu mais uma entrevista à imprensa, onde também voltou a criticar o presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, alegando que passou a sofrer “ameaças de morte diárias” após ser atacado “obsessivamente” por ele.

    “Eu dou aula no Rio, toda quinta eu ia de avião e as pessoas eram educadas. Depois que o presidente começou a me atacar obsessivamente, começaram a surgir ameaças de morte diárias. Tenho que andar com 5 seguranças”, afirmou Barroso para o UOL.

    “É um inferno. Mas não tenho medo, porque tenho essa proteção institucional. Viajo com uma pessoa dentro do avião. Não ando mais sozinho”, completou o ministro. Na sequência, Barroso buscou afastar qualquer responsabilidade exclusivamente pessoal por sua decisões enquanto juiz, dizendo que a sua atuação é em conjunto.

    “Não tem lógica essa obsessão por mim. Tive duas decisões que impactaram: a instalação da CPI, que foi uma decisão de todo Supremo. E a defesa da urna eletrônica, em que todos ministros assinaram documento dizendo que não havia nada de errado. Então a obsessão por mim não se justifica. Não fiz nada sozinho”, disse ele.

    O ministro acredita que algo no Brasil e no mundo tem provocado o surgimento de “demônios”, termo esse, usado para classificar pessoas supostamente radicalizadas por motivos ideológicos.

    “Algo aconteceu no Brasil que se liberaram todos demônios, então violentos, racistas, homofóbicos, misóginos e supremacistas, que estavam nas sombras, saíram à luz do dia. Isso aconteceu no mundo e no Brasil”, declarou.

    Discursando em uma solenidade na quarta-feira (23), Bolsonaro também voltou a criticar indiretamente os ministros do STF, dizendo que “dois ou três” estariam prejudicando a democracia no Brasil, mas que essa “guerra” não será perdida.

    “Nós vamos ceder pra dois ou três, e relativizar a nossa liberdade? Não é que nós vamos resistir, nós não vamos perder essa guerra. E a alma da democracia está no voto. O seu João, a dona Maria têm o direito de saber se o teu voto foi contado”, disparou o presidente.

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