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    Mais indiretas: Barroso diz que o mundo vê o Brasil “com desconfiança e desprezo”

    O ministro Luiz Roberto Barroso, então presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), discursou durante uma solenidade em homenagem a sua atuação no comando da Corte, o qual deverá ser passado ao ministro Edson Fachin no próximo dia 22. Na ocasião, o magistrado voltou a mandar indiretas ao presidente da República, Jair Messias Bolsonaro.

    “Não é de surpreender que dirigentes brasileiros não sejam hoje bem-vindos em nenhum país democrático e desenvolvido do mundo. E nos eventos multilaterais, vagam pelos corredores e calçadas sem serem recebidos, acumulando recusas e pedidos de reuniões bilaterais”, disse Barroso, sem citar o presidente.

    Apesar do atual governo ter mantido boas relações com as nações amigas, tendo inclusive o apoio para ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cujo convite foi formalizado em janeiro desse ano, assim como o apoio esta semana da Rússia para que o Brasil obtenha uma cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU, Barroso disse acreditar que o país atravessa um momento de “desprezo” internacional.

    “A marca Brasil vive um momento de deprimente desvalorização mundial. Passamos de um país querido e admirado internacionalmente a um país olhado com desconfiança e desprezo”, declarou o ministro.

    Também sem citar Bolsonaro, Barroso ainda associou o período eleitoral no Brasil ao dos Estados Unidos, fazendo uma correlação entre a postura do ex-presidente Donald Trump com a do mandatário brasileiro, o qual vem criticando a segurança do sistema eleitoral nacional.

    “Uma das estratégias das vocações autoritárias em diferentes partes do mundo é procurar desacreditar o processo eleitoral, fazendo acusações falsas e propagando o discurso de que ‘se eu não ganhar houve fraude'”, afirmou o ministro.

    “Trata-se de repetição mambembe do que fez Donald Trump nos Estados Unidos, procurando deslegitimar a vitória inequívoca do seu oponente e induzindo multidões a acreditar na mentira”, completou Barroso, segundo informações do UOL.

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