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    Líder da disputa argentina acusa Lula de interferir na eleição: ‘Comunista furioso’

    Líder da disputa presidencial na Argentina, o economista Javier Milei reagiu com indignação à notícia de que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria atuado para interferir nas eleições do seu país, segundo informações divulgadas pelo jornal Estadão na terça-feira.

    “A casta vermelha treme. Muitos comunistas furiosos e agindo diretamente contra minha pessoa e meu espaço. A liberdade avança. Viva a liberdade”, escreveu Milei ao compartilhar a notícia do Estadão em suas redes sociais.

    Segundo o Estadão, Lula “agiu para que os países-membros do CAF [Banco de Desenvolvimento da América Latina] aprovassem a transferência de US$ 1 bilhão diretamente para o FMI, em nome da Argentina.”

    “O Palácio do Planalto entrou em contato com a ministra do Planejamento, Simone Tebet, que é governadora do Brasil no CAF”, diz o jornal, sustentando que “a ligação partiu do gabinete do ex-chanceler Celso Amorim, hoje assessor especial para assuntos internacionais da Presidência.”

    Com a repercussão negativa da notícia, o governo e seus aliados correram para negar a acusação. A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência, por exemplo, disse que “diferentemente do que vem sendo repercutido”, o empréstimo não teve intervenção de Lula.

    Mesmo com a negativa do Planalto, o Estadão voltou a publicar outra notícia na noite desta quarta-feira, reiterando a sua acusação contra o petista, conforme os trechos reproduzidos pela Tribuna de Brasília acima.

    Simone Tebet, por sua vez, afirmou durante uma audiência na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, que “o que aconteceu neste caso, e em outros casos, nós temos às vezes, via Ministério das Relações Exteriores, um grande apoio, onde a gente consulta para sentir como os embaixadores de outros países vão votar. É muito natural”.

    Ou seja, ministra confirmou que consultou o Itamaraty, órgão oficial do governo para assuntos diplomáticos, mas negou que tivesse falado com Lula diretamente. Na práxis jornalística, a referência ao nome do presidente em manchetes de notícia, normalmente é usada como referência, também, ao governo em questão.

    Em outras palavras, quando o Estadão diz em seu título que “Lula atuou para liberar empréstimo e interferir na eleição da Argentina”, não está se referindo, necessariamente, à pessoa do presidente da República, mas à sua administração, que é composta por diversos assessores e gestores comandados por ele, a exemplo de Celso Amorim.

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