Em declarações proferidas no dia de hoje, o presidente dos Estados Unidos Donald Trump abordou a situação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro e as relações comerciais entre os dois países. As falas ocorreram durante um evento em Nova Jersey, quando Trump foi questionado sobre a imposição de tarifas a produtos do Brasil, México e outras nações da América Latina.
Trump afirmou: “O Brasil tem algumas leis muito ruins. Eles pegaram um presidente e o prenderam ou estão tentando prendê-lo“. A declaração refere-se a Jair Bolsonaro, que se encontra em prisão domiciliar desde 8 de maio de 2025.
Trump acrescentou: “Eu conheço o homem e posso dizer que sou muito bom com pessoas. Acho que ele é um homem honesto. Acho que o que eles fizeram é uma execução política“.
A prisão domiciliar de Bolsonaro foi decretada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O fundamento foi o entendimento de que Bolsonaro violou medidas cautelares impostas pelo STF.
Conforme decisão do ministro, Bolsonaro participou por telefone de manifestações a seu favor em 5 de maio de 2025. Registros dessa participação foram compartilhados por aliados em redes sociais, como o Instagram.
Moraes considerou que isso configurou descumprimento da proibição de usar redes sociais “diretamente ou por intermédio de terceiros”, uma das condições estabelecidas para Bolsonaro no inquérito que responde.
Sobre as Relações Comerciais:
-
Após os comentários sobre Bolsonaro, Trump retomou a questão comercial: “Eles também nos trataram mal como parceiros comerciais por muitos, muitos anos, um dos piores, um dos piores países do mundo“.
-
Sobre as tarifas, declarou: “Agora estão recebendo tarifas de 50% e não não muito felizes, mas é assim que funciona“. As tarifas mencionadas por Trump foram anunciadas pela administração norte-americana em abril de 2025 para certos produtos de várias nações latino-americanas, incluindo o Brasil.
Dados oficiais do Departamento de Comércio dos Estados Unidos referentes ao ano de 2024 mostram que o Brasil mantém um déficit comercial com os EUA. Naquele ano, o Brasil importou bens e serviços norte-americanos no valor de US$ 48,2 bilhões, enquanto exportou para os EUA o equivalente a US$ 32,6 bilhões, resultando em um déficit comercial brasileiro de US$ 15,6 bilhões.