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    Equipe de Lula quer acabar com escolas cívico-militares adotadas por Bolsonaro

    Considerada por muitos pais um modelo mais seguro e eficiente de ensino, as escolas cívico-militares entraram na mira da equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva, anunciado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o vencedor da disputa eleitoral para a presidência da República, em 30 de outubro passado.

    Segundo informações de Leandro Prazeres, do UOL, membros do grupo petista já informaram que pretendem desativar esse modelo escolar no próximo governo, apesar do mesmo contar com o apoio de muitos pais e gestores de educação.

    “A comunidade não vai aceitar”, disse à BBC News Brasil a diretora da Escola Estadual Cívico-Militar Tancredo de Almeida Neves, Valéria Ramirez Daniel, de Foz do Iguaçu (PR), antecipando o que deverá ser uma reação por parte de alguns gestores.

    As escolas cívico-militares começaram a ser implantadas no Brasil em 2019, logo no primeiro ano do governo Bolsonaro. Trata-se de um modelo defendido pelo atual presidente da República e seus apoiadores, pois é visto como mais eficaz no tocante ao ensino de valores disciplinares.

    Diferentemente das escolas militares tradicionais, o modelo cívico-militar compartilha a gestão com civis. Nesses casos, os militares atuam, por exemplo, no recebimento dos alunos, nos intervalos entre os turnos e no encerramento do horário de aula.

    Além disso, as escolas também adotam fardas que simulam uniformes militares e realizam rotinas como cantar o hino nacional periodicamente. Trata-se, portanto, de um modelo que dá ênfase não só ao currículo escolar, mas também à formação cívica dos alunos.

    Todos os militares que atuam nessas escolas são pagos diretamente pelo Ministério da Defesa e o modelo é adotado voluntariamente, normalmente após uma consulta popular na comunidade onde está situada a unidade de ensino.

    “A tendência é que o programa seja encerrado”, disse à BBC News Brasil o líder do PT na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (MG), encarregado pela equipe de Lula por apresentar as propostas para a Educação.

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