Círculos políticos e analistas avaliam a formação de uma chapa presidencial com o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro para as eleições presidenciais de 2026 como uma possibilidade para a direita nacional.
Apesar de não haver nenhum pronunciamento oficial neste sentido, o cenário permanece devido à possibilidade do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro permanecer inelegível. Michelle, por sua vez, já foi citada pelo próprio capitão reformado como possível candidata para uma vaga ao Senado Federal, disputa que faria pelo Distrito Federal.
A hipótese de uma chapa Tarcísio de Michelle, ainda pode ganhar força. O governador atrai setores moderados com sua gestão em São Paulo e agenda econômica liberal, enquanto Michelle Bolsonaro mantém popularidade de 87% (IPEC/2024) entre a base conservadora e religiosa.
Movimentos recentes indicam aproximação: em julho de 2025, Michelle participou de evento do Republicanos em Goiás, defendendo “união de valores cristãos e desenvolvimento”, enquanto Tarcísio a chamou publicamente de “símbolo de resistência conservadora” (CNN Brasil, 5/8/2025).
Pesquisas reforçam o cenário. Tarcísio lidera prévias oposicionistas com 28% (Datafolha, julho/2025), e 62% dos eleitores bolsonaristas aceitariam Michelle como candidata. O ex-presidente, contudo, mantém silêncio estratégico, limitando-se a declarar que “minha família é meu legado” (11/8/2025).
Desafios persistem, como a necessidade de aliança entre Republicanos e PL – partidos que disputam o mesmo eleitorado – e a conciliação entre a agenda liberal de Tarcísio e as pautas conservadoras de Michelle.
Enquanto as convenções partidárias só ocorrerão até abril de 2026, ambos ampliam suas bases: Tarcísio articula com governadores do Nordeste, e Michelle comanda caravanas sobre “família e segurança” em 12 estados.