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    “Autonomia médica não é licença para experimentação”, diz infectologista em CPI

    Depondo hoje na CPI da Pandemia, a médica infectologista Luana Araújo, ex-secretária extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, afirmou que não existe tratamento precoce eficaz para o coronavírus, apesar de outros especialistas da área médica discordarem da sua posição. Ela defendeu, contudo, a autonomia médica, mas dentro de certas condições.

    “Autonomia médica faz parte da nossa prática, mas não é licença para experimentação. Precisa ser defendida, sim, mas com base em alguns pilares: da plausibilidade teórica do uso daquela medicação; do volume de conhecimento científico acumulado até aquele momento sobre aquele assunto; na ética; e na responsabilização”, explicou.

    Questionada se acha que a sua não efetivação para o Ministério teve alguma relação com suas posições contra o tratamento precoce, ela disse não saber, mas que se esse foi o motivo, teria sido algo “trágico”. Luana, contudo, negou ter encontrado resistência durante os 10 dias que auxiliou a pasta e afirmou ter encontrado o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, comprometido com a ciência.

    Por fim, a infectologista argumentou que é preciso fornecer informações seguras e corretas a população, não incentivando tratamentos supostamente não comprovados cientificamente, como o uso de medicamentos como a cloroquina.

    “Uma população ignorante no sentido de falta de informação é uma população vulnerável. Então, a partir do momento em que a gente vulnerabiliza as pessoas com informações incorretas, a gente não pode esperar que o resultado seja positivo”, afirmou.

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