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    ‘As Forças Armadas vão dar uma resposta’, diz Bolsonaro sobre perguntas ao TSE

    O presidente Jair Bolsonaro realizou mais uma live semanal nesta quinta-feira (10), onde tratou de vários pontos do seu governo, assim como o andamento de uma série de questionamentos feitos por militares das Forças Armadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após uma visita técnica de uma comitiva feita no ano passado, a fim de averiguar a segurança do sistema eleitoral.

    Conforme noticiado pela Istoé em 26 de janeiro passado, o Exército encaminhou ao TSE “uma série de questionamentos sobre procedimentos, técnicas”, lançando “recomendações para o aperfeiçoamento dos equipamentos.” Contudo, o Tribunal não respondeu aos questionamentos até o presente momento.

    Em janeiro, os militares já haviam cobrado uma resposta por parte do Tribunal, e segundo o presidente Jair Bolsonaro, o prazo que havia sido dado para a obtenção das respostas se esgotou nesta quinta-feira.

    “O pessoal do Exército, nosso pessoal da guerra cibernética, buscou então, a convite (do TSE)… começou a levantar possíveis vulnerabilidades para ajudar o TSE. Foram levantadas várias, dezenas de vulnerabilidades”, disse o presidente.

    “Foi oficiado o TSE para que pudesse responder às Forças Armadas, porque afinal de contas o TSE pode ser que esteja com a razão, pode ser, por que não? Bem, passou o prazo… ficou o silêncio, foi reiterado e o prazo [e] se esgotou no dia de hoje. Isso está nas mãos do Braga Netto (ministro da Defesa) e ele está tratando desse assunto, e vai com toda certeza entrar em contato com o presidente do TSE”, afirmou o presidente.

    Na sequência, então, o presidente disso que “daí, as Forças Armadas vão analisar isso daí e vão dar uma resposta”. Bolsonaro continuou, dizendo que “o que nós queremos” é “eleições limpas, eleições transparentes e eleições que possam ser auditáveis… porque ninguém acredita em pesquisas”.

    Pela manhã, também nesta quinta-feira, o presidente falou para alguns apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, que “nos próximos dias vai acontecer algo que vai nos salvar no Brasil, tenho certeza disso”, declaração essa que, agora com a fala da live, parece ter sido uma referência à expectativa de reação dos militares diante da ausência de respostas do TSE aos questionamentos feitos pelas Forças.

    Bolsonaro também deu a entender que estaria em curso no Brasil uma tentativa de se instalar uma ditadura que viria “pelas canetas”, insinuando fazer referência ao poder Judiciário. Foi nesse contexto que ele, na sequência, fez a declaração misteriosa citada anteriormente.

    “Pessoal, qual é a diferença de uma ditadura feita pelas armas, como a gente vê por exemplo em Cuba, Venezuela e outros países, e uma ditadura que vem pelas canetas? Qual a diferença? Nenhuma. Então vocês sabem que o está acontecendo no Brasil, tá?”, afirmou o presidente na ocasião.

    O TSE, por sua vez, declarou à coluna do Mazzini (da Istoé), em janeiro passado, que as respostas aos questionamentos dos militares estavam sendo formuladas. “As respostas estão sendo elaboradas pela equipe técnica da Corte Eleitoral. Informamos que as perguntas tramitam de forma sigilosa a pedido do próprio Exército”, informou o Tribunal.

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