O Plenário do Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (13), a indicação da advogada Verônica Abdalla Sterman para o cargo de ministra do Superior Tribunal Militar (STM). A nomeação foi confirmada por 51 votos favoráveis e 16 contrários, após sabatina realizada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Sterman foi indicada ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 8 de março de 2025, data em que se comemora o Dia Internacional da Mulher. Com a aprovação, ela se tornará a segunda mulher a integrar a presidência do STM, tribunal criado em 1808.
Formação e Trajetória Profissional:
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Graduada em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
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Especialização em Direito Penal Econômico pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
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Pós-graduação na mesma área pelo Instituto Brasileiro de Ciências Criminais (IBCCrim), em parceria com a Universidade de Coimbra (Portugal).
Um fato que despertou críticas nas redes, é que a nova ministra também atuou como advogada da ex-presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB). Registros públicos também apontam relação de amizade com a primeira-dama, Janja da Silva.
Controvérsia
Durante a sabatina na CCJ, o senador Carlos Portinho (PL-RJ) questionou Sterman sobre a manutenção em seu currículo da menção a um mestrado na Universidade de São Paulo (USP).
Portinho afirmou: “A senhora mantém em seu currículo que tem mestrado pela USP, sendo que não finalizou o curso e nem apresentou sua tese. O curso foi interrompido por questão da morte de um familiar da ministra, vítima de um câncer. Mesmo entendendo a situação, faço questão de criticar, porque ela mantém um curso que não finalizou.”