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    “O delegado foi categórico ao assegurar que jamais houve interferência do presidente”

    Em rodas de conversa, cidadãos que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro consideram que a ameaça de tsunami feita por Sérgio Moro ao deixar a Esplanada dos Ministérios se tornou um pastel de vento. E esse pensamento é compartilhado, com outras palavras, pela jurista Janaína Paschoal, responsável pela tese do impeachment de Dilma Rousseff (PT).

    No Twitter, Janaína Paschoal compartilhou suas impressões sobre o depoimento prestado pelo ex-diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, e declarou que todo o conteúdo permite que a investigação contra Bolsonaro seja arquivada.

    “Precisamos ser justos. Li, na íntegra, o depoimento do Dr Valeixo. Diferentemente do que vem sendo publicado, o depoimento é completamente favorável ao presidente da República. Dr Valeixo já havia pedido para sair e, na véspera da demissão, foi consultado… Aliás, Dr Valeixo foi consultado, à tarde, pelo ministro (que não mencionou o ‘a pedido’, mas queria indicar o substituto) e foi consultado, à noite, pelo próprio presidente, o que denota respeito”, resumiu a deputada estadual paulista.

    Na sequência de seus tuítes, Janaína Paschoal é enfática ao dizer que não há o menor indício de ações indevidas por parte de Bolsonaro: “O depoimento do Dr Valeixo afasta a falsidade ideológica, que havia sido ventilada, pela publicação no Diário Oficial. Mas o depoimento foi além, pois o Delegado foi categórico ao assegurar que jamais houve interferência do Presidente em investigações”.

    “Não estou dizendo que o ministro mentiu. Não, ele realmente se sentiu desautorizado e ficou temeroso frente à insistência do presidente, que é uma criatura que cisma com as coisas, mas qualquer pessoa minimamente conhecedora do Direito Penal dirá que não houve crime”, acrescentou, defendendo a postura de Sérgio Moro.

    Os rumores e boatos que se seguiram à divulgação do depoimento também foram comentados pela jurista: “Já li, aqui e ali, que Dr Aras seria o próximo indicado ao STF. Creio que essas notinhas servem apenas para, uma vez arquivado o inquérito, poder dizer que o PGR teria requerido o arquivamento por algum interesse. No entanto, salvo alguma revelação bombástica, o arquivamento é o destino certo dessa investigação. Não houve crime de nenhuma das partes”.

    “Fortes emoções geram embates. Quando convidado, o Ministro não sabia. Mas, hoje, qualquer ser humano que venha a receber um convite do Presidente precisa ter consciência de que ele é difícil. […] A instauração do inquérito não foi um erro. Quando a situação eclodiu, realmente, deu ensejo para vislumbrar crimes. Porém, passada a emoção desse primeiro momento, nota-se que manter esse inquérito, diante do que vem sendo colhido, é injustificável”, concluiu.

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