A deputada federal Carla Zambelli reagiu à notícia de que o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), resolveu criar um grupo de trabalho para monitorar informações supostamente ameaçadoras durante o período eleitoral. A iniciativa foi repercutida por parte da imprensa como uma espécie de “serviço secreto“.
A decisão do presidente do TSE, segundo apurou o Poder360, causou estranheza em órgãos de inteligência já existentes. No plano federal, o Brasil conta com a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o órgão central do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin).
Zambelli, por sua vez, anunciou que acionou a sua equipe de trabalho para tentar barrar o grupo de Moraes. “A criação de um ‘núcleo de inteligência ou serviço secreto’ no TSE é inconstitucional e põe em risco a imparcialidade do sistema eleitoral”, informou a deputada.
“Minha equipe jurídica já está trabalhando em uma ação para impedir a criação da KGB do Moraes. Alguém tem que parar este psicopata!”, completou a parlamentar.
Para montar o sistema próprio do TSE, Alexandre de Moraes promoveu uma reunião com comandantes das PMs de todo o Brasil em 24 de agosto. O encontro foi organizado para criar uma linha direta da Justiça Eleitoral com serviços de informações dos Estados, para que o TSE fique independente de órgão controlados pelo governo federal.
Alexandre de Moraes considerou necessário ter um serviço secreto próprio para não depender da Abin e do Sisbin, cuja atuação é muito influenciada por integrantes das Forças Armadas