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    Mesmo com Bolsonaro, ala do PL quer autonomia para apoiar o PT no Nordeste

    Mesmo com o anúncio de que Bolsonaro está de casamento marcado com o Partido Liberal (PL), uma ala da legenda nos estados do Nordeste está exigindo autonomia em relação à executiva nacional para poder apoiar o Partido dos Trabalhadores (PT), assim como o Movimento Democrático Brasileiro (MDB).

    Segundo informações do Correio Braziliense, o PL “tem acordos fechados para compor com governadores de oposição ao governo, inclusive do PT. No Norte, como é o caso do vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), também há desconforto.”

    O deputado federal Fabio Abreu (PL-PI), por exemplo, disse que sairá do PL se não tiver liberdade para apoiar o petista Wellington Dias, governador do Piauí que pretende lançar a candidatura do seu secretário de Fazenda, Rafael Fonteles, também do PT, para ser o seu sucessor no estado.

    Segundo Abreu, no entanto, a autonomia para apoiar o PT já foi garantida pelo líder nacional do PL, Valdemar Costa Neto. “A autonomia já está bem clara na conversa que tive com presidente do partido, continuar na aliança com o governador do Piauí que é do PT”, disse o deputado. “(A permanência no partido) poderá mudar se nós do PL no Piauí não tivermos nossa autonomia.”

    Em São Paulo, as tratativas em relação ao apoio do PL aos candidatos locais também não parecem boas para Bolsonaro. Isso porque, segundo o Terra, o partido “apoiará a candidatura do vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB) ao Palácio dos Bandeirantes”, o que contraria a intenção do presidente de lançar o ministro Tarcísio de Freitas na disputa pelo governo paulista.

    Risco para Bolsonaro?

    Alguns apoiadores do presidente Jair Bolsonaro estão enxergando com desconfiança a sua filiação ao PL, pois temem que mais na frente, durante a disputa eleitoral em 2022, exista um racha na legenda que termine prejudicando a sua base de apoio numa possível “debandada” nos estados e municípios.

    Do lado do governo, a intenção do Planalto é garantir a existência de força partidária não só para disputar as eleições, como para governar o país, fazendo frente a possíveis medidas da oposição que queiram impedir a candidatura de Bolsonaro, por exemplo, através de pedidos de impeachment com base no relatório da CPI da Pandemia.

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