Eleito para a Presidência da República em 30 de outubro, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não parece estar preocupado com os escândalos que envolveram o seu nome no passado. Isso porque, o petista resolveu viajar à Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 27 (COP27), no jatinho de José Seripieri Junior, ex-dono da Qualicorp que já foi preso pela Polícia Federal.
O fato que chama atenção é que Seripieri foi preso em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato, a mesma que acusou Lula de corrupção e lavagem de dinheiro, o que resultou em sua prisão em 2018.
No caso do empresário, ele foi preso temporariamente em julho de 2020 no âmbito de uma investigação sobre um suposto esquema de caixa 2 na campanha de José Serra (PSDB) ao Senado em 2014.
A operação, segundo informações do Poder360, batizada de Paralelo 23, e indicou pagamento de R$ 5 milhões não contabilizados, feitos a mando de Seripieri, à campanha do tucano. Segundo o MP-SP (Ministério Público de São Paulo), as doações foram feitas em duas parcelas de R$ 1 milhão e uma de R$ 3 milhões.
Segundo a Folha de S. Paulo, Lula e Seripieri são amigos há mais de dez anos e durante a campanha deste ano o empresário promoveu jantares reservados em sua casa, reunindo nomes do empresariado como Cláudio Ermírio de Moraes, do grupo Votorantim, e o banqueiro Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco.
O modelo do jatinho particular usado por Lula é o Gulfstream, que tem capacidade para transportar 12 pessoas e autonomia para voar direto para o Egito, sem a necessidade de fazer escala.