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    Líder do PTB-PR sobre Sara: “Mártir se sacrifica pela causa; não sacrifica a causa”

    As acusações feitas pela ativista Sara Winter contra figuras de peso na base do governo Bolsonaro, como as deputadas Bia Kicis e Carla Zambelli, dividiu a opinião de alguns apoiadores do Planalto, especialmente após o escritor Olavo de Carvalho sair em defesa da agora ex-bolsonarista.

    Para Olavo, a ativista que participou do acampamento “Os 300 do Brasil” teria sido abandonada pela direita. “O abandono em que os tais ‘direitistas’ jogaram a Sara Winter prova que, moralmente, estão no nível da esquerda”, disse o escritor em sua redes social.

    Seguidores de Olavo se dividiram em opinião, mas muitos discordaram do “guru”, como a psicóloga e também escritora Marisa Lobo, presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no Paraná, que respondeu ao filósofo argumentando que Sara teria sacrificado a “causa” por questões pessoais.

    “Ela tentou usar táticas da extrema-esquerda com a direita e não rolou, não somos extremistas, isso só nos prejudicou”, comentou Marisa ao compartilhar a publicação de Olavo, nesta quarta-feira.

    A psicóloga continuou: “Tentei dar apoio psicológico, mas ela não deu atenção. Sempre quis ‘fama’. Quer ser mártir sem história? Mártir se sacrifica pela causa e não sacrifica a causa”.

    Após ver a reação dos seguidores, Olavo chegou a fazer outra publicação, dando a entender que não teria acreditado na veracidade da entrevista divulgada pela Istoé, onde Sara chegou a acusar o general Augusto Heleno de orientar ataques contra o Supremo Tribunal Federal.

    “Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, afirmou a ativista ao se referir a Heleno, que atualmente é ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o GSI.

    “A IstoÉBosta já noticiou até o meu falecimento. Não acredito em NENHUMA palavra que saia nessa porcaria”, comentou Olavo em outra postagem. Em contato com a Tribuna de Brasília, Marisa Lobo contextualizou a sua fala em relação à Sara Winter.

    “Para mim, o mais importante agora é derrotar a esquerda, o progressismo. Logo, fico em silêncio para não dar armas para a esquerda, que tem se alimentados da direita carente, emocional, que fica de mimimi querendo chamar atenção e não percebe o caos que o Brasil e o mundo está passando. É muito orgulho, muito umbigo”, disparou Marisa.

    “Claro que às vezes desanima, nem tudo que sonhamos aconteceu, não foi possível. Confesso que eu mesma me revoltei muitas vezes com pautas que demos nossa vida e que não andaram. Mas a avaliação deve ser pé no chão, pois em 4 anos nem tudo é possível. O importante é que as portas estão sendo abertas e temos que continuar lutando, ajudando o presidente Bolsonaro”, destacou.

    Na avaliação de Marisa, por mais que o Judiciário tenha cometido abusos ao autorizar a prisão de bolsonaristas sem a existência de julgamentos e condenações, o método utilizado por alguns ativistas para defender suas pautas também foi equivocado, pois teria provocado um clima de confronto desnecessário em relação às instituições.

    “Bolsonaro não pode e não deve intervir nas consequências das atitudes erradas dos outros. Se nós sabemos que o sistema trata com diferença os nossos protestos, nos taxando de antidemocráticos, qual é a necessidade de reforçar essa narrativa com atitudes e palavras provocativas e ameaçadoras? Temos que ter sabedoria para agir”, concluiu a psicóloga.

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