A deputada Janaína Paschoal reagiu a uma publicação feita pelo ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, contra o presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Em sua publicação, o ex-juiz voltou a espalhar “fake news” contra o governo, alegando que o chefe do Executivo estaria apoiando ditaduras que manifestaram apoio à Rússia no conflito com a Ucrânia.
“Venezuela, Nicarágua e Cuba apoiam a agressão Russa à Ucrânia. Alinhados com estas ditaduras estão também Bolsonaro e o PT. Nós estamos do outro lado. Não apoiamos a guerra, a violência, as ditaduras e o autoritarismo”, publicou Sérgio Moro.
Janaína, por sua vez, tratou a postura do ex-ministro como infantil, tendo em vista a insistência na divulgação de uma informação sabidamente falsa. “O sr. sabe que isso não é verdade! Qualquer movimento brusco pode jogar o País em uma guerra. Quem pretende governar o País deveria ser menos infantil nas postagens!”, afirmou a deputada.
Conforme já noticiado pela Tribuna de Brasília, não é a primeira vez que Moro divulga uma informação falsa acerca do presidente da República a esse respeito. Em outra postagem também em sua rede social, o ex-ministro foi ainda mais enfático em sua acusação.
“No conflito entre Estados Unidos, União Europeia e Rússia, com esta invadindo a Ucrânia para subjugar a liberdade de um povo, Bolsonaro optou por apoiar a Rússia, sob os aplausos do PT. Precisamos mudar isso e alinhar o Brasil ao lado da liberdade e das democracias”, disse ele.
As declarações de Moro, no entanto, são falsas, pois não há qualquer manifestação por parte de Jair Bolsonaro apoiando a Rússia no conflito com a Ucrânia. Inicialmente o presidente optou por manter o silêncio, a fim de ouvir os ministros das Relações Exteriores e da Defesa.
Após isso, o governo emitiu uma nota oficial pelo Itamaraty, fazendo um apelo pelo fim do conflito russo-ucraniano, sem externar qualquer apoio aos ataques russos.
“O Brasil apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início de negociações conducentes a uma solução diplomática para a questão, com base nos Acordos de Minsk e que leve em conta os legítimos interesses de segurança de todas as partes envolvidas e a proteção da população civil”, diz a nota.
Já na sexta-feira (25), o governo brasileiro também votou pela condenação dos ataques russos na Ucrânia, na reunião realizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Com base nisso, o próprio presidente ucraniano chegou a publicar uma mensagem em agradecimento aos países que apoiaram o seu país, entre eles o Brasil, que também foi citado.