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    GRAVE: Sara se volta contra bolsonaristas e acusa Heleno de orientar ataques ao STF

    Sara Winter, de 29 anos, uma das principais figuras que ensejaram a abertura do inquérito dos “atos antidemocráticos” em 2020, motivo pelo qual chegou a ser presa por determinação do ministro Alexandre de Moraes, concede uma entrevista exclusiva onde fez várias acusações contra figuras importantes do bolsonarismo, incluindo o general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.

    Ao falar do “Acampamento dos 300”, grupo que ficou alojado no entorno da Esplanada dos Ministérios em 2020, de onde realizou protestos contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Sara afirmou que a iniciativa partiu de “um surto” dela “e do Osvaldo Eustáquio que se transformou numa histeria coletiva”.

    No entanto, a ativista que já foi militante da esquerda e ex-líder do grupo feminista Femen Brasil, mas que após uma mudança de vida passou a militar na direita, também acusou os parlamentares Daniel Silveira (PTB-RJ), Carla Zambelli (PSL-SP), Sargento Fahur (PSL-PR) e Bia Kicis (PSL-DF) de serem muito presentes no tal acampamento, assim como o ministro-chefe Augusto Heleno.

    Sobre Bia Kicis, Sara acusou a deputada federal de ensinar “a gente como chamar atenção da imprensa”, e também de ceder “o assessor Evandro Araújo e colocou um advogado de seu gabinete para acompanhar reuniões com a Secretaria de Segurança do Distrito Federal”.

    Quanto ao general Heleno, Sara Winter afirmou que o ministro teria lhe chamado até o Planalto, a fim de lhe dar orientações. “Ele pediu para deixar de bater na imprensa e no Maia e redirecionar todos os esforços contra o STF”, acusou a ativista, segundo informações da Istoé.

    Sobre a suposta existência de uma “milícia digital”, Sara negou ter conhecimento sobre o assunto, alegando que “rachadinhas e milícias são tipos de assuntos proibidos”. Contudo, ela criticou os filhos do presidente Jair Bolsonaro, Carlos e Eduardo. “Quem tem destaque na direita, eles cooptam ou destroem”, afirmou.

    Por fim, Sara disse temer por sua vida no Brasil em função da esquerda e também da direita, inclusive do governo. Conhecida também por seu apoio a Olavo de Carvalho, ela disse que não defende mais o governo Bolsonaro e que pretende se mudar para o México com o seu filho.

    “Não tem mais como defender Bolsonaro. Mas se ele pedir para os bolsonaristas comerem merda, as pessoas vão comer”, disparou a ativista. “Tenho medo da esquerda, medo de um fanático e medo do governo”, completou.

    Heleno já rebateu outras acusações

    Não é a primeira vez que Sara Winter cita o general Augusto Heleno. Em outubro de 2020 ela já havia gravado um vídeo dizendo que se sentia “excluída” por parte do governo e que tinha inveja do ministro Dias Toffoli, do STF, que “pelo menos ganhou um abraço do Bolsonaro”.

    Ela citou na ocasião o dia em que Heleno supostamente a chamou ao Planalto para proibi-la de “gritar com a imprensa, de mandá-los embora, de gritar ‘Globo lixo’”. Na época, a ativista não mencionou a suposta orientação de ataques ao STF, como fez na entrevista à Istolé.

    Heleno, por sua vez, rebateu as acusações de Sara na época, citando o mesmo encontro que ela pareceu se referir na entrevista atual. “Em maio, recebi Sara Winter e alguns membros dos ‘300 do Brasil’. Travamos um diálogo amistoso, educado e produtivo”, afirmou o general em suas redes sociais.

    “Objetivo era aconselhá-los a moderar suas posições e colaborar com a segurança de todos na porta do Alvorada. Não houve qq tipo de discórdia, reprimenda ou ameaça”, concluiu Heleno.

    Sobre as acusações atuais de Sara contra os parlamentares bolsonaristas, a Tribuna de Brasília ainda não obteve os posicionamentos das pessoas citadas nesta matéria. Atualizaremos em breve.

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