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    Dallagnol defende indicação de Mendonça ao STF e deixa jornalista contrariado

    O agora ex-procurador da República, Deltan Dallagnol, saiu em defesa da indicação do ex-ministro André Mendonça para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), feita pelo presidente Jair Bolsonaro há quatro meses, a qual poderá ser confirmada durante sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nesta quarta-feira, primeiro de dezembro.

    Durante uma conversa no “Papo Antagonista”, Dallagnol exaltou a capacidade técnica do jurista, sua carreira e também o trabalho feito em prol da operação Lava Jato, deixando o jornalista Claudio Dantas, do blog O Antagonista, visivelmente contrariado pela análise estritamente técnica do ex-procurador.

    “Não conheço o André Mendonça de ouvir falar”, iniciou Dallagnol. “Eu conheci ele lá na Lava Jato, em reuniões que a gente fez com a Controladoria-Geral da União, e ele estava emprestado para a Controladoria-Geral da União porque ele foi aprender o combate à corrupção no exterior, era um dos caras mais capacitados nisso, destacou.

    Segundo Dallagnol, Mendonça também se destacou ao colaborar com as investigações da força-tarefa, considerada por muitos a maior operação de combate à corrupção na história do Brasil, a qual resultou nas condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva por corrupção e lavagem de dinheiro.

    “Nos ajudou na Lava Jato, sentou com a gente e buscou fazer um trabalho contra a corrupção decente”, disse Dallagnol. “É uma das pessoas mais capacitadas, concursado, alguém que tem competência, que estudou, passou em prova… ele tem uma legitimidade para ir lá [STF] na minha perspectiva”, concluiu.

    Na sequência, visivelmente contrariado pelo reconhecimento do ex-procurador ao trabalho de Mendonça, Claudio Dantas buscou dar conotações políticas ao histórico do ex-ministro, fazendo parecer que o mesmo teria atuado em favor da família Bolsonaro.

    O ex-procurador, por sua vez, rebateu dizendo que não faria julgamentos a partir de questões isoladas, e que da sua parte não tomou conhecimento de qualquer abuso ou ação politicamente motivada de Mendonça.

    “Você está me falando uma coisa, e não não interpreto a vida de uma pessoa a partir de um ato; a partir de uma ação”, disse Dallagnol. “Eu interpreto a partir de uma sequência de atos, e eu conheço vários atos dele, várias decisões, e eu não vi ele tomando nenhuma medida pra proteger correligionários, pra atacar ou perseguir politicamente pessoas da oposição; eu não vi ele abusar do poder.” Assista:

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