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    Bolsonaro saúda Daniel Silveira ao celebrar o aniversário de 1964 e os militares

    O presidente Jair Bolsonaro discurso na manhã desta quinta-feira (31) no Palácio do Planalto, durante um evento de despedida de nove ministros que vão deixar o governo para disputar as eleições este ano. Na ocasião, o chefe do Executivo celebrou o aniversário do ato militar de 1964, chegando a citar o deputado Daniel Silveira, presente na cerimônia.

    “Hoje, 31 de março. O que aconteceu em 31 [de 1964]? Nada. A história não registra nenhum presidente da República tendo perdido o seu mandato nesse dia. Por que então a mentira? A quem ela se presta?”, questionou Bolsonaro ao se referir à forma como a maior parte da mídia retrata o ato daquele ano.

    Parte dos historiadores e da imprensa ligada à esquerda política se referem ao ato militar de 1964 como um “golpe” e período de “ditadura militar”. Tal posição, contudo, não é unânime no meio acadêmico, especialmente entre os militares.

    Figuras como o presidente Bolsonaro, por exemplo, argumentam que não houve golpe militar em 1964, mas sim uma ação das Forças Armadas chanceladas pelo Congresso Nacional e também por grande parte da sociedade.

    Uma nota assinada pelos comandantes do Exército, Marinha e Aeronauta, também endossa a visão do presidente. No documento, os militares dizem que a tomada de poder em 64 foi para “restabelecer a ordem” diante de um contexto onde grupos comunistas queriam assumir o controle do país.

    “Em março de 1964, as famílias, as igrejas, os empresários, os políticos, a imprensa, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), as Forças Armadas e a sociedade em geral aliaram-se, reagiram e mobilizaram-se nas ruas, para restabelecer a ordem e para impedir que um regime totalitário fosse implantado no Brasil, por grupos que propagavam promessas falaciosas, que, depois, fracassou em várias partes do mundo”, diz um trecho do documento publicado pelo Ministério da Defesa.

    Bolsonaro, por sua vez, citou Silveira ao dizer que na época do governo militar a população tinha as suas liberdades garantidas. “Todos aqui tinham direito, deputado Daniel Silveira, de ir e vir, de sair do Brasil, de trabalhar, de constituir família, de estudar, como muitos aqui estudaram naquela época”, declarou o presidente.

    “Quem esteve no governo naquela época fez a sua parte. O que seria do Brasil sem obras do governo militar? Não seria nada, seríamos uma republiqueta”, concluiu Bolsonaro.

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