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    Barroso acusa Bolsonaro de ter auxiliado “milícias digitais e hackers” durante live

    O ministro Luiz Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal e também do Tribunal Superior Eleitoral, afirmou durante uma cerimônia de abertura dos trabalhos do TSE em 2022, que o presidente Jair Bolsonaro auxiliou “milícias digitais e hackers” durante uma live transmitida por ele no ano passado.

    Na ocasião, Bolsonaro revelou a existência de um inquérito aberto pela Polícia Federal em 2018, a fim de investigar a denúncia de invasão aos sistemas do TSE por um hacker, os qual teria permanecido com acesso aos sistemas durante meses, em pleno ano eleitoral.

    Bolsonaro, então, fez a divulgação dessas informações em suas redes sociais, a fim de sustentar os seus argumentos em favor do voto impresso e auditável. Para Barroso, no entanto, a atitude do presidente da República acabou auxiliando a ação de criminosos.

    “Tudo aqui é transparente, mas sem ingenuidades. Informações sigilosas que foram fornecidas à PF para auxiliar uma investigação foram vazadas pelo próprio presidente da República em redes sociais. Divulgando dados que auxiliam milícias digitais e hackers de todo o mundo que queiram invadir nossos equipamentos. O presidente da República vazou a estrutura interna da TI do TSE”, disse Barroso na terça-feira (01).

    Aliados do presidente da República, no entanto, como o deputado Filipe Barros, negam que Bolsonaro tenha vazado tais informações, uma vez que os fatos referentes ao ocorrido em 2018 já haviam sido divulgados pela imprensa nacional na mesma época.

    “Se teve alguém que vazou algo foi o hacker ao site TECHMUNDO. Só após, o TSE abriu investigação. Os hackers ficaram por lá ao menos 9 meses, inclusive durante a eleição”, afirmou Filipe em sua rede social, após a declaração de Barroso. O parlamentar também publicou um print da matéria da imprensa com a suposta declaração do invasor, conforme é possível ver abaixo.

    Barroso, por sua vez, reprovou a live de Bolsonaro e destacou a segurança das urnas eletrônicas. “Faltam adjetivos para qualificar a atitude deliberada de facilitar a exposição do processo eleitoral brasileiro a ataques de criminosos. Sempre lembrando: a maior segurança das urnas eletrônicas brasileiras é que elas nunca entram em rede. Portanto, nem o vazamento permite que se comprometa o resultado das nossas eleições”, concluiu.

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    Declaração feita pelo suposto hacker em 2018, para o site TecMundo. Foto: reprodução/redes socaiais

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