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    “Apoiei o Bolsonaro é o cacete; votei no Lula”, diz Datena ao anunciar candidatura

    O jornalista José Luiz Datena, que chegou a ser cotado pelo presidente Jair Bolsonaro para disputar o Senado por São Paulo, concedeu uma entrevista nesta segunda-feira (28) que deverá fechar qualquer possibilidade de apoio bolsonarista ao seu nome, tendo em vista que ele declarou ter votado em Lula pela última vez.

    “Apoiei o Bolsonaro é o cacete. Eu simplesmente o entrevistei. Grande parte da grande imprensa não admite que eu faça entrevistas com políticos”, disse Datena, buscando se afastar da imagem de apoiador do governo.

    Ao ser perguntado se ele votou em Bolsonaro nas eleições de 2018, ele diz que não optou por ninguém e que “o último cara” que ele votou foi no ex-presidiário Lula (PT). “Depois dele eu não votei em mais ninguém, só justifiquei. Tenho todas as minhas justificativas. Eu não sou responsável pela boa parte do Brasil que está aí”, afirmou.

    Datena, que já foi filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) por mais de 20 anos, defendeu a necessidade de mudar uma parte “podre” na política. Ele, contudo, não fez qualquer citação aos governos petistas, envolvidos com escândalos de corrupção.

    “Temos bons políticos, mas há uma parte que é podre e tem que ser mudada. Se você mantiver a política de sempre, você continuará sendo governado pelos maus. Então quem tem condição, capacidade e se julga honesto, tem que se apresentar definitivamente para um pleito”, declarou o apresentador.

    Quanto à disputa presidencial deste ano, Datena não declarou apoio explícito a nenhum dos pré-candidatos, mas falou em tom de mudança, indicando que poderá ser oposição. “A minha ideologia é o povo brasileiro. Só existe uma forma e um plano de governo para o Brasil: salvar o povo”, disse ele ao UOL.

    Por fim, o apresentador destacou que as propostas que já recebeu até então indicariam um posicionamento correto da sua parte. Ele chegou a citar o presidente Jair Bolsonaro.

    “Recebi propostas do Bolsonaro, do Ciro [Gomes], Alckmin, Márcio França, recebi também do Patriota, do Kassab. São ideologias diferentes. Significa que estou certo. Meto pau em todo mundo, mas recebo propostas. Tem proposta que você recebe, mas não pode aceitar por questão de principio”, concluiu.

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