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    Sérgio Reis é acusado de “ameaçar” o STF por defender manifestação em 7 de setembro

    O cantor e ex-deputado federal Sérgio Reis passou a ser alvo de críticas de opositores do governo Bolsonaro, assim como de parte da grande mídia notadamente de viés progressista, após aparecer em um vídeo fazendo uma convocação para uma manifestação que está sendo organizada para o próximo dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil.

    Além do vídeo que teria sido gravado em um hotel de São Paulo, durante uma reunião com caminhoneiros e lideranças do agronegócio, áudios do cantor falando sobre o ato também foram espalhados nas redes sociais. A Tribuna de Brasília já havia noticiado a respeito, mas sem identificar os autores dos conteúdos.

    “Vou dizer ao presidente do Senado que eles têm 72 horas para aprovar o voto impresso e tirar todos os ministros do STF. Isso não é um pedido, é uma ordem”, diz um áudio atribuído ao cantor. Em outro trecho, a voz atribuída ao ex-parlamentar é ainda mais incisiva:

    “Eu vou dizer ao presidente do Senado: se você não cumprir em 72 horas, vamos dar mais 72 horas, mas vamos parar o país. Plantadores vão colocar colheitadeiras nas estrada; só polícia e ambulância vão passar. E se em 30 dias não tirar aqueles caras [ministros do STF], nós vamos invadir, quebrar tudo e tirar os caras na marra, pronto”, diz o áudio.

    Questionado após a repercussão, Sérgio Reis disse que foi mal interpretado e que as palavras mais incisivas foram ditas no calor da emoção. Ele sustentou que a manifestação ocorrerá e que as exigências serão feitas a Rodrigo Pacheco, mas que não é o organizador do ato e sim amigo dos manifestantes devido ao seu histórico de relacionamento com os caminhoneiros.

    Por causa da sua fala, no entanto, já foi aberto um inquérito no Departamento de Combate à Corrupção (Decor) para investigar o cantor por supostas ameaças ao STF. A previsão é de que o cantor seja intimado a depor nos próximos dias, antes do início de setembro, segundo informações do Metrópoles.

    O mesmo portal também já publicou outra matéria chamando Reis de “autor de ameaças ao STF e Senado”. A Tribuna de Brasília, contudo, conseguiu entrar em contato com um dos organizadores da manifestação, que pediu para não ser identificado, e ele confirmou a realização do evento, negando se tratar de um ato antidemocrático.

    Ele avalia que a reação negativa por parte da oposição e setores da mídia já era esperada. “Esquerda sendo esquerda”, disse, alegando que “o momento é estratégico”, motivo pelo qual não quis entrar em maiores detalhes.

    Em outros áudios atribuídos aos organizadores não ouvimos incentivos a agressões ou ataques às instituições, mas sim críticas aos ministros do STF e a defesa de um ato pacífico no próximo dia 7. Os manifestantes, contudo, possuem exigências firmes e dizem que não vão deixar Brasília sem serem atendidos.

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