O sábado do 1° de maio, Dia do Trabalhador, foi marcado por manifestações em todo o Brasil. Os atos foram realizados em favor do governo Bolsonaro, da implementação do voto impresso e até por uma possível intervenção militar decretada pelo presidente da República.
Em Brasília não foi diferente. Milhares de pessoas tomaram os gramados da Esplanada dos Ministérios e muitas carregavam faixas e cartazes onde se lia a frase “eu autorizo”. Outras completavam dizendo que a autorização é para “restaurar” o “Art. 5° da Constituição”, algo que faz referência à intervenção militar, uma vez que o próprio Bolsonaro declarou durante entrevista para o apresentador Sikêra Jr. que poderia acionar as Forças Armadas para isso, caso exista a necessidade.
No dia 14 de abril, o presidente disse que esperava “um sinal do povo” para agir, mas sem citar qual seria a sua reação. Apoiadores do governo entenderam que se tratou de uma sinalização em referência ao uso das Forças Aramadas, motivo pelo qual a manifestação de hoje pode ser vista como uma resposta a isso.
Bolsonaro, ao discursar da ExpoZebu 2021, comentou as manifestações pelo país. “Em anos anteriores, no dia 1º de maio, o que mais víamos no Brasil eram camisas e bandeiras vermelhas, como se fôssemos um país socialista. Hoje temos prazer e satisfação de vermos bandeiras verde e amarelas, com homens e mulheres que trabalham de verdade e sabem que o bem maior que podemos ter na nossa pátria é a liberdade”, disse ele.
Na Avenida Paulista, em São Paulo, local tradicional pelo histórico de grandes manifestações, o número de manifestantes também foi grande. Em um vídeo, a deputada federal Carla Zambelli discursou para a multidão. Assista:
https://twitter.com/CarlaZambelli38/status/1388605885627392002
