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    Bolsonaro sobre cloroquina: ‘Sei que não sou médico, mas temos que dar esperança’

    Após uma piada inconveniente sobre tubaína, o presidente Jair Bolsonaro voltou ao tema da cloroquina em um tom sério, explicitando novamente sua preocupação com preservação de vidas. O assunto foi abordado durante a tradicional live às quintas-feiras.

    Ao lado do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, o presidente lamentou a “briga ideológica e partidária” ao redor do medicamento que é usado há décadas para tratar malária e lúpus, e que tem apresentado resultados positivos em muitos lugares ao redor do mundo no combate à Covid-19.

    “O que nós queremos é que o Brasil volte à normalidade. Sempre dissemos que temos dois problemas, o vírus e o emprego […] A questão do emprego é necessária, com cuidado. Eu defendo agora usar máscara. O resto é o cuidado familiar com seu avô. Eu tenho 65 anos, tenho que tomar cuidado comigo mesmo […] E toca o barco. É a vida, é realidade. Morre muitas vezes mais gente de pavor do que do ato em si. Então o pavor também mata, leva ao stress, ao cansaço […] A vida está aí. Vamos embora um dia. Lamentos as mortes”, disse o presidente.

    Dando ênfase ao fato de que os estudos científicos sobre a cloroquina ainda não comprovarem sua eficácia, Bolsonaro ponderou que os relatos de pessoas que se curaram após tomar o remédio são um fio de esperança, e por conta disso o Ministério da Saúde estabeleceu um novo protocolo para o uso.

    “Tem muita gente que diz que se curou com isso. Lá em São Paulo temos o [médico Roberto] Kalil […] Sabemos que não tem comprovação científica e não tem nenhum remédio no momento, mas tem muitos relatos de médicos de pessoas com comorbidades que tomaram logo no começo a hidroxicloroquina e estão vivos. Alguns morrem. Nem todo mundo toma remédio e vai se curar. Mas a grande maioria está viva e conta sua experiência. E muitos hospitais particulares têm receitado. Outros públicos, pelo SUS, é meio camufladamente […] Foi o novo entendimento, tem uma recomendação e está liberado na rede pública”, contextualizou.

    Acesso à cloroquina

    Em seguida, Bolsonaro criticou a ação do Partido dos Trabalhadores para impedir o uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS):

    “Um grupo de senadores do PT entrou no Tribunal de Contas da União com um requerimento pedindo para que esse nosso entendimento, o protocolo, deixe de ser válido. Ou seja, volta a ser o que era antes. O pessoal do SUS não pode mais usar […] A gente lamenta o requerimento do senhor Humberto Costa, do PT de Pernambuco, que quer fazer com que o pobre não tenha acesso à hidroxicloroquina”.

    “A gente apela ao senador Humberto Costa, que já foi ministro da Saúde, que deixe o pobre, o idoso fazer o uso da hidroxicloroquina de graça. O PT não pode tirar o direito de lutar pela vida de qualquer um. Cada vez mais eu me convenço que é uma briga ideológica, uma briga partidária. Desde o começo que eu falo na hidroxicloroquina. por quê? Eu sei que não sou médico […] Mas temos que dar esperança”, encerrou.

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