Muito embora boa parte da imprensa tradicional esteja destacando os elogios do presidente americano Donald Trump ao presidente Lula como algo positivo, até como uma “vitória” do petista, a realidade pode ser bem diferente. Essa é a avaliação de quem conhece de perto o republicano, como Eduardo Bolsonaro, amigo da família presidencial dos EUA.
Para Eduardo, os elogios de Trump não passam de mera estratégia política, a qual teria como objetivo colocar Lula em saia justa, não permitindo que o mesmo saia da “mesa” de negociações sem ceder em algum ponto a respeito dos interesses americanos com relação à liberdade no Brasil. Leia, abaixo, a íntegra do texto do deputado:
“Para quem conhece as estratégias de negociação de Donald Trump, nada do que aconteceu foi surpresa. Ele fez exatamente o que sempre praticou: elevou a tensão, aplicou pressão e, em seguida, reposicionou-se com ainda mais força à mesa de negociações. Ontem mesmo, sancionou a esposa do maior violador de direitos humanos da história do Brasil, um recado claro e direto.
Depois disso, sorriu e mostra-se aberto a dialogar em uma posição infinitamente mais confortável, fiel àquilo que sempre defendeu: os interesses dos americanos em primeiro lugar. É a marca registrada de Trump: firmeza estratégica combinada com inteligência política.
Por isso, longe de causar espanto, sua postura reafirma, mais uma vez, sua genialidade como negociador. Ele entra na mesa quando quer, da forma que quer e na posição que quer. Enquanto isso, outros líderes, como Lula, assistem impotentes, sem qualquer capacidade real de influenciar o jogo global. Na verdade Lula agora é que está na obrigação de aproveitar a rara oportunidade de sentar-se com Trump e com a difícil missão de extrair algo de positivo nesta mesa.
Ao final Trump ainda arrebatou que sem os EUA o Brasil vai mal. Ou seja, não há para onde correr, o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não. Entende porque confiamos na anistia ampla, geral e irrestrita?”