O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, se reuniu nesta terça-feira com os chefes do Ministério Público nos Estados de São Paulo, Santa Catarina e do Espírito.
No encontro, eles trataram dos bloqueios nas estradas e vias urbanas realizados por manifestantes que protestam contra a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva, realizada no domingo 30 de outubro, bem como da concentração de populares em frente aos quartéis do Exército Brasileiro.
“A nossa preocupação agora é o fluxo financeiro que está proporcionando e proporcionou bloqueios”, disse o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, após a reunião, em um encontro com jornalistas. Ele estava ao lado dos colegas Fernando Comin e Luciana Andrade, procuradores-gerais do MPSC e do MPES, respectivamente.
De acordo com informações do Metrópoles, na reunião com Moraes os procuradores chamaram os movimentos de “organização criminosa, que atentam contra a democracia”, a qual estaria, supostamente, financiando os protestos pelo país.
“Viemos ao TSE para cruzar informações com o TSE. Nossa maior preocupação, agora, é o fluxo financeiro que está proporcionando bloqueios de estradas, avenidas e agora faz com que pessoas possam permanecer em determinados locais de nossas cidades”, disse Sarrubo.
“Vamos continuar o trabalho de identificação desses financiadores. São empresários, que estão sendo investigados. Empresários que financiam movimentos golpistas”, afirmou o procurador-geral de Justiça do MPSP, sem dar o nome dos supostos empresários.
Ainda de acordo com o procurador, “os movimentos são interestaduais, muito parecidos em todo o Brasil. Os bloqueios nas estradas, uma vez desfeitos, iam para outros trechos. Há algo em nível nacional e os MPs vão trabalhar, junto ao TSE, para que o Brasil prossiga sem golpe ou qualquer movimento que atente contra a democracia.”