Mais
  • Início
  • Sociedade

Cuba: decreto restringe a liberdade de comunicação na internet e até por ligações

(Washington DC) – Um novo decreto anunciado pelo governo cubano, bem como outros regulamentos que o acompanham, restringem severamente a liberdade de expressão online e constituem uma ameaça à privacidade dos usuários, disse hoje a organização internacional Human Rights Watch.

Em 17 de agosto de 2021, o governo publicou o Decreto-Lei 35 e outras normas que regulam o uso das telecomunicações, incluindo internet e rádio, bem como a resposta do governo a “incidentes de segurança cibernética”.

O decreto, que pretende ter como objetivo “defender” a revolução cubana, exige que as operadoras de telecomunicações interrompam, suspendam ou cancelem seus serviços quando um usuário publicar informações “falsas” ou que afetem a “moral pública” e o “respeito à ordem pública.”

“A Internet criou uma verdadeira revolução em Cuba ao permitir que as pessoas se comuniquem com mais liberdade, denunciem abusos internacionalmente e organizem protestos pacíficos, algo que era praticamente impossível alguns anos atrás”, disse Juan Pappier, pesquisador Sênior para as Américas da Human Rights Watch.

“As autoridades da América Latina, da União Européia e dos Estados Unidos não podem ficar caladas enquanto o governo cubano restringe o acesso à internet, uma ferramenta vital para os cubanos exercerem seus direitos humanos”, destacou o ativista.

Antes mesmo dessas novas regulamentações serem anunciadas, o governo cubano já havia estabelecido restrições abusivas à comunicação e à liberdade de expressão online. De acordo com o Decreto-Lei 35, os utilizadores de telecomunicações têm a obrigação de impedir a divulgação de “notícias ou notícias falsas”. Essas prestadoras  de serviço podem ser multadas ou perderem a licença caso não cumpram as obrigações estabelecidas no decreto.

Da mesma forma, estão proibidos de utilizar esses serviços de forma que afete uma série de categorias amplas e imprecisas, como “segurança coletiva”, “previdência geral”, “moralidade pública” ou “respeito à ordem pública”.

A medida cubana chama atenção pela semelhança de narrativa em relação ao que declarou recentemente o ex-presidente Lula, quando disse que se for eleito em 2022, irá exigir a “regulação” dos meios de comunicação, inclusive a internet. Com informações: Human Rights Watch.

Leia também:

Sebastião Coelho decide disputar vaga no Senado para pedir o impeachment de Moraes

O ex-desembargador Sebastião Coelho, aposentado do Tribunal de Justiça...

Chapa Tarcísio e Michelle para disputa presidencial em 2026 ganha força em ala do PL

Michelle Bolsonaro, ex-primeira-dama, tornou-se centro de debates no Partido...

‘Vou morrer na cadeia’, diz Bolsonaro ao falar de possíveis 40 anos de prisão

Em entrevista ao canal AuriVerde Brasil nesta sexta-feira (16), o ex-presidente...

Nikolas protocola pedido de impeachment contra Flávio Dino: ‘Interferiu na política’

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) protocolou nesta quinta-feira...

Bolsonaro prepara vídeo sobre fraudes no INSS para campanha contra o PT

Na última terça-feira (13), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL)...

Bolsonaro apresenta ‘piora clínica’ e condição de saúde já preocupa apoiadores

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou uma "piora clínica"...

Quatro Agências dos EUA avaliam sanções ao ministro Alexandre de Moraes

Quatro órgãos do governo dos Estados Unidos estão analisando...

Nikolas desabafa: ‘Fecha o Congresso e entrega logo um trono pro Moraes’

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) utilizou suas redes...

Constantino sobre Bolsonaro: ‘O sistema tem pressa em prendê-lo antes das eleições’

Em entrevista ao Pleno.News na segunda-feira (31), o analista político...

Posts da semana

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

close