O Podemos, agora ex-partido do ex-ministro Sérgio Moro, lançou uma nota explicando a saída do então presidenciável da legenda. Segundo o partido, Moro teria migrado para o União Brasil sem fazer qualquer comunicado prévio, o que foi visto com surpresa pelos partidários.
Informações divulgadas pelo jornalista Igor Gadelha, também dão conta de que lideranças do Podemos estão tratando a saída de Moro da legenda como um ato de traição. O ex-ministro anunciou a mudança para o União Brasil na quinta-feira (31), informando também que desistiu da sua candidatura ao Planalto, “nesse momento”.
Em sua nota, o Podemos demonstra que buscou tratar Sérgio Moro da melhor forma possível, oferecendo os recursos necessários para a sua candidatura. Leia a íntegra do texto, abaixo:
NOTA OFICIAL
Foi mais de um ano de conversas até a filiação de Sergio Moro e o lançamento de sua pré-candidatura à presidência da República pelo Podemos, sempre respeitando seu momento de vida profissional e pessoal e trabalhando para oferecer ao Brasil uma esperança contra a polarização dos extremos.
O Podemos jamais mediu esforços para garantir ao presidenciável uma pré-campanha robusta, a começar por um grande evento de filiação e por toda retaguarda necessária para deslocamentos em segurança pelo País, com total garantia de recursos para sua futura campanha eleitoral.
O Podemos não tem a grandeza financeira daqueles que detém os maiores fundos partidários, como é sabido por todos. Mas tem a dimensão daqueles que sonham grande, com a convicção de que o projeto de um Brasil justo para todos vale mais do que o dinheiro.
Para a surpresa de todos, tanto a Executiva Nacional quanto os parlamentares souberam via imprensa da nova filiação de Moro, sem sequer uma comunicação interna do ex-presidenciável.
Seguiremos focados para apresentar aos brasileiros e brasileiras uma alternativa que olhe nos olhos sem titubear. E que, com firmeza de propósitos, nunca desista de sonhar. Porque, sim, juntos podemos mudar o Brasil!
EXECUTIVA NACIONAL DO PODEMOS
RENATA ABREU, presidente nacional