O ministro Alexandre de Moraes, atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), tomou uma decisão polêmica que passou a ganhar repercussão negativa nesta sexta-feira, com a divulgação dela pelo jornalista Rodrigo Constantino. Trata-se da proibição de uma campanha publicitária do governo com as cores verde e amarelo.
A campanha do governo federal foi elaborada para tratar dos 200 anos da Independência do Brasil, no próximo dia 7 de setembro. O slogan seria “o futuro escrito em verde e amarelo”.
Mas, para Moraes, a peça de propaganda teria “viés político da campanha, conforme se extrai de vários trechos das peças publicitarias”. A notícia da proibição foi dada por Constantino ao presidente Jair Bolsonaro na manhã de hoje, durante uma entrevista para o programa Pânico, da rede Jovem Pan.
Em sua decisão, Moraes destacou o seguinte trecho da campanha: “Brasil. A nação de um povo heroico. Somos, há 200 anos, brasileiros livres graças à coragem constante. Porque a mesma coragem de Dom Pedro existe ainda hoje em milhões de Pedros Brasil afora.
“A mesma bravura de Maria Quitéria existe em Marias empreendedoras por todo o País. Somos uma nação independente, que está escrevendo um futuro melhor. 200 anos de Independência do Brasil. O futuro escrito em verde e amarelo. #FuturoVerdeAmarelo”!
De acordo com o magistrado, os trechos em destaque seriam “slogans e dizeres com plena alusão a pretendentes de determinados cargos públicos, com especial ênfase às cores que reconhecidamente trazem consigo símbolo de uma ideologia politica, o que é vedado pela Lei eleitoral, em evidente prestígio à paridade de armas”.
Ao saber da decisão de Moraes no programa Pânico, Bolsonaro chegou a ficar em dúvida sobre a veracidade da informação, demonstrando surpresa! O presidente afirmou que, se verdadeira, a decisão não será cumprida. “Ordem absurda não se cumpre, se for verdade isso daí, ordem absurda não se cumpre.”