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    Senadores vão pedir CPI para investigar “acusações de crimes nas apurações do STF”

    Com base nas denúncias vazadas do tenente-coronel Mauro Cid, senadores da República querem apresentar um pedido para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado Federal, a fim de investigar as “acusações de crimes nas apurações” do Supremo Tribunal Federal e da Polícia Federal.

    O comunicado foi feito pelo senador Eduardo Girão na sexta-feira, após Cid voltar a ser preso por determinação do ministro Alexandre de Moraes, horas após o vazamento revelado pela Veja, onde o militar critica a atuação do magistrado e afirma ter sido pressionado por investigadores para corroborar com uma “narrativa pronta”.

    “Numa semana em que um diretor da PF vai ao Senado Federal e revela que dezenas de milhares de pessoas são monitoradas por suas opiniões políticas e, diante do áudio do Sr. Mauro Cid, um grupo de senadores vai propor uma CPI para investigar as acusações de crimes nas apurações do STF a cargo da PF”, informou Girão.

    Para o senador, o fato de Cid ter sido gravado supostamente sem saber, teria feito com que ele fosse espontâneo em suas colocações, o que indicaria maior veracidade no teor das suas denúncias, algo menos previsível no caso de um depoimento programado, por exemplo.

    “O relato do ex-ajudante de ordem do gov anterior é muito grave e parece ser mais crível ainda devido a espontaneidade e por ele ter gravado o áudio enquanto estava solto. Mauro Cid imputa crimes de constrangimento ilegal, falsidade ideológica, prevaricação e abuso de autoridade à Policia Federal sob o comando do Supremo”, enfatiza o senador.

    “E fica a pergunta: por que um mesmo delegado faz os interrogatórios? Não houve distribuição ou é designado? Os interrogatórios são dirigidos? Os fatos precisam ser cabalmente investigados para confirmar ou desconfirmar as acusações.

    A apuração é possível já que todo o depoimento precisa ter sido gravado por força de lei. Não cabe ao próprio STF investigar a si próprio e não haveria a mínima isenção para isso”, conclui Girão.

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