Em um evento realizado em Brasília visando a filiação do apresentador José Datena ao PSD, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, aproveitou o palco para fazer um discurso em tom eleitoral, onde criticou a existência de extremismos políticos no Brasil. Na ocasião, ele também chegou a soltar uma indireta aos apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro.
“Vivemos hoje no Brasil um clima de radicalismo, de extremismo, de uma cultura de ódio que está acabando com o Brasil e que precisamos conter”, afirmou o presidente do Senado, que na sequência fez referência aos símbolos característicos dos apoiadores de Bolsonaro durante manifestações de rua, que é o uso da camisa amarela.
Para Pacheco, portanto, “revelar amor ao Brasil não é colocar uma camisa da seleção brasileira e sair na rua xingando o Supremo Tribunal Federal”. O parlamentar também buscou demonstrar uma postura de moderação, reformando, assim, o discurso eleitoreiro da chamada “terceira via”.
“É muito difícil tratarmos problemas que batem à nossa porta, como a inflação, o desemprego, a alta da taxa de juros, a desvalorização da nossa moeda, as crises hídrica e energética, uma violência que nos assola”, disse ele.
“É muito difícil fazermos um caminho de solução sem planejamento que seja sereno, equilibrado e que possa ouvir todas as vertentes. O dono da verdade normalmente é engolido pela sua própria esperteza”, completou Pacheco.
O presidente do Senado não confirmou se sairá candidato à presidência da República em 2022, muito embora esta seja a vontade declarada do presidente do PSD, Gilberto Kassab. Em Brasília, o evento que seria para a filiação de Datena acabou não vendo a oficialização da entrada do apresentador no partido acontecer.
Isso porque, segundo informações da Jovem Pan, Datena está aguardando uma melhor definição do cenário político em São Paulo, visto que ainda irá se decidir se poderá ser candidato ao Planalto ou ao Senado Federal.
