O mandado de busca e apreensão emitido contra o pastor Silas Malafaia, sob autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), provocou uma onda de reações no meio político, imprensa e também no religioso. Ao analisar o fato, a jornalista Karina Michelin comparou o assembleiano aos parlamentares brasileiros.
“Em meio ao cerco do STF e à violação de sua privacidade com a apreensão e vazamento de suas mensagens pessoais, o pastor Silas Malafaia ergueu-se com a coragem que falta a muitos políticos covardes. Ele não se calou”, escreveu ela nas redes sociais.
A correspondente internacional lembrou que Malafaia “chamou Alexandre de Moraes pelo que de fato representa: um ditador. E mais – afirmou em alto e bom som que esse ministro precisa ser julgado e preso.”
O pastor, de fato, falou com indignação após ter sido abordado por agentes da Polícia Federal, ao desembarcar de Portugal, país para onde viajou para pregar nas filiais da Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo (ADVEC).
Karina lembrou ainda que a fala do religioso “não se tratou de mera defesa pessoal, mas de um ato de resistência contra um sistema que criminaliza a opinião, transforma líderes religiosos em alvos e tenta reescrever a Constituição com despachos monocráticos. Malafaia mostrou que não teme intimidações, não teme investigações políticas, não teme a máquina de perseguição.”
“Enquanto a maioria dos políticos recua de forma covarde, omissa e cúmplice diante da tirania, ele enfrenta com coragem. Sem meias-palavras, desafiou a censura, a intimidação e a manipulação da lei. Nesse gesto, Malafaia não apenas se defendeu — deu voz a milhões de brasileiros que hoje se sentem amordaçados pelo autoritarismo togado”, completou a jornalista.