O oportunismo do ex-presidiário Lula (PT) foi frustrado na última quarta-feira, 06 de maio, após a decisão da oitava turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) em rejeitar os argumentos do recurso apresentado após a polêmica saída de Sérgio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A defesa de Lula queria que o julgamento virtual dos embargos de declaração fosse suspenso, alegando que Moro não era isento e, por isso, não poderia ter julgado Lula. O ex-juiz conduziu boa parte do julgamento, mas a sentença foi emitida pela juíza Gabriela Hardt.
“Há diversos fatos que mostram a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e consequentemente comprometimento de toda a instrução deste processo. Dentre os apontamentos, está o fato do ex-juiz ter passado a integrar o governo do presidente Jair Bolsonaro com o afirmado compromisso para assumir uma cadeira no Supremo Tribunal Federal”, dizia trecho do pedido da defesa de Lula.
O TRF-4, no entanto, manteve a pena de 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro no caso do sítio de Atibaia (SP), em que Lula recebeu propina de empreiteiras indiretamente, através da reforma e decoração da propriedade, segundo informações do Conjur.