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    Grave: Ministério Público foi contra a prisão de Milton Ribeiro, mas juiz contrariou

    A prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, que chefiou a Educação no governo Bolsonaro, segue cercada de polêmicas, agora ainda mais, depois que foi divulgado nesta quinta-feira (23) que o Ministério Público Federal (MPF) não concordou com a detenção do líder religioso e jurista.

    A informação foi noticiada pelo jornalista Robson Bonin, em sua coluna para a Veja. Segundo ele, a procuradora do caso envolvendo Milton defendeu a adoção de medidas cautelares simples, como a proibição de deixar o Brasil.

    Ela defendeu, por exemplo, a “proibição de investigados comparecerem aos órgãos do MEC sob investigação, proibição de terem contato entre si e de se ausentarem do país”, como alternativas ao pedido de prisão.

    O juiz Renato Borelli, contudo, discordou do MPF, decidindo pela prisão de Milton por considerar um caso grave. A defesa do pastor, contudo, alegou que não houve nenhum fato novo que justificasse a sua prisão.

    Foi identificada uma movimentação na conta bancária de Ribeiro no valor de R$ 60 mil, mas também segundo a Veja, o valor diz respeito à venda de um carro particular da filha do ex-ministro, feita em fevereiro desse ano, a qual foi devidamente registrada pelo Departamento de Trânsito. Ou seja, tudo legalizado.

    Vale ressaltar que Renato Borelli vem sendo criticado por aliados do governo, justamente por causa de algumas das suas decisões já tomadas no passado, como contra o presidente Jair Bolsonaro, por ele não ter utilizado mascaras de proteção durante a pandemia.

    “Juiz determina o uso obrigatório de máscaras e multa para Bolsonaro. Juiz torna Sérgio Camargo réu em queixa-crime feita por Tabata Amaral. Juiz decreta prisão de Milton Ribeiro. O que essas decisões têm comum? O juiz Renato Coelho Borelli. Mas deve ser apenas coincidência”, comentou o deputado federal Carlos Jordy.

    Com a informação de que o MPF foi contra a prisão de Milton Ribeiro, as especulações sobre o suposto “ativismo judicial” do juiz Borelli devem ganhar mais fôlego entre os bolsonaristas, com alguns alegando que a detenção do pastor teria por objetivo criar uma cortina de fumaça sobre a possível instalação da CPI da Petrobrás, defendida pelo governo.

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